LIVRO: QUEM É QUEM NA BÍBLIA SAGRADA

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Este livro é uma ferramenta de estudo e pesquisa que não pode faltar na biblioteca do estudioso das Escrituras Sagradas.

Ficha Técnica

Livro Quem é quem na Bíblia Sagrada
- Número de páginas: 688
- Formato: 23x16
- Editora: Vida

Redação Portal do Pastor

Pastor Abe Huber - O Coração do Bom Pastor

 Todos os Pastores e membros,  deveriam assistir e estudar esta ministração!

Rodrigo Silva, Todo Cristão Brasileiro é obrigado conhecer!

O brasileiro da muito valor ao que vem de fora e pouco valor para os talentos Brasileiros é assim em todas as áreas e não seria diferente na arqueologia, damos valor a Discovery, que entre os arqueólogos é uma piada 100% sensacionalista e quando colocam profissionais, editam todo o conteúdo e colocam só o que da ibope, na USP se você falar de Discovery, é motivo de piada, nenhum acadêmico trabalha ou aceita a Discovery.
Conheça o trabalho deste Arqueólogo e você vai se Apaixonar ainda mais pela Bíblia.
Rodrigo Silva é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. Assunção (SP), com pós-doutorado em arqueologia bíblica pela Andrews University (EUA). É graduado em teologia e filosofia e mestre em Teologia Histórica. Atualmente está concluindo seu segundo doutorado em arqueologia clássica pela USP.
Foi entrevistado pelo Jô e qualificado como fantastico pelo apresentador.

Seus artigos, comentários, matérias, dados e relatos, evidenciam através da ciência a veracidade da Bíblia Sagrada.


Artigo – Encontraram a arca da aliança?


Em julho de 1981, os moradores de Israel foram surpreendidos com uma notícia extraordinária. Moti Éden, um repórter da Rádio Israelense, anunciava em seu programa noturno que dois rabinos haviam encontrado a arca da aliança e que, ele mesmo, era uma testemunha ocular do ocorrido.
O que Éden tinha de fato presenciado foi a escavação clandestina de um grupo de judeus ortodoxos que acreditavam estar a caminho de encontrar o valioso tesouro. Eles criam que um túnel lateral ao muro das lamentações os levaria ao antigo lugar santíssimo do Templo, em baixo do qual estariam escondidas as tábuas da lei e outros artefatos originais. Hoje, o que vemos no local do antigo Templo são as edificações islâmicas do Domo da Rocha e da mesquita de Al Aksa.
O resultado, evidentemente, foi uma reação imediata dos muçulmanos que entraram em luta armada contra militantes judeus, causando a morte de seis estudantes. O quadro só não ficou pior porque o rabino Meir Getz, que liderava as escavações, cedeu a um acordo político, colocando “panos quentes” sobre a questão. Getz morreu em 1995 e um ano depois e o túnel foi parcialmente aberto ao público como atração turística.
A despeito da agitação, nenhuma prova concreta foi apresentada de que a arca tivesse mesmo ali. Mas esta não foi a única vez que alguém pretendeu tê-la encontrado.

Pretensos achados

Os etíopes dizem que a verdadeira arca estaria em seu país, numa capela da cidade de Axum. Eles argumentam que ela foi roubada do Templo judeu pelo príncipe Menelik, filho de Salomão e da rainha de Sabá. O curioso é que, com exceção de uns poucos políticos, a ninguém foi permitido ver ou fotografar a arca, o que torna bastante suspeita esta tradição.
Vendyl Jones, provavelmente o mais excêntrico dos descobridores, foi a inspiração para Steven Spielberg criar o personagem Indiana Jones. Com base num obscuro texto encontrado entre os Manuscritos do Mar Morto (o Manuscrito de Cobre), Jones diz ter decifrado o mapa de onde estariam a arca e outros utensílios sagrados do Templo.
Em 1988, ele apresentou uma pequena vasilha de barro cujo conteúdo seria o Shemen Afarshimon, o óleo sagrado dos sacerdotes. Análises químicas posteriores pareceram dar certo crédito à sua descoberta, mas o assunto ainda não está tecnicamente encerrado. Mais tarde, em 1992, Jones mostrou aos jornalistas um pote de cinzas que alegou pertencerem originalmente ao ketoret, o incenso sagrado do Templo. Muitos, é claro, dizem que tudo não passa de um embuste.
Com absoluta segurança ele prometeu que revelaria em agosto deste ano o local exato da arca. Mas até agora nada de concreto foi apresentado e o mérito de Vendyl Jones parece ser apenas o de ter inspirado a criação de um personagem holliwoodiano.
Dentro do arraial adventista, um profissional da área de saúde chamado Ron Wyatt também pretendeu ter encontrado a arca. Infelizmente, a empolgação apressada, seguida da forma fácil como a Internet divulga inverdades, fez com que muitos irmãos, de boa fé, acreditassem na história de Wyatt e a divulgassem, inclusive, através do púlpito.
Embora não tenhamos aqui espaço para mostrar as falhas de suas pretensas descobertas, podemos resumidamente dizer que Wyatt afirmou ter encontrado a arca em 1982. De acordo com sua história, Deus lhe havia dado uma revelação especial, por ocasião de sua visita a Jerusalém, mostrando-lhe a gruta de Jeremias, dentro da qual estaria a arca da aliança.
Munido de uma discutível “permissão” para escavar no local, que fica próximo à porta de Damasco, Wyatt disse ter encontrado ali a espada de Golias, a mesa dos pães asmos, o altar de incenso e outras coisas. Sua trama, recheada por aparições angelicais e visões de Cristo, termina com o achado da arca e os dez mandamentos. Ron disse ainda ter tirado várias fotos, mas quase todas queimaram. A única que restou não oferece nada que possa ser chamado de “convincente”. Apenas uma luz forte onde ele afirma poder visualizar o rosto de Cristo sentado num trono celestial.
Numa teologia muito confusa, Wyatt  também apontou o lugar como sendo o Calvário e concluiu que, quando Cristo morreu, seu sangue penetrou o solo, aspergindo a arca que estaria poucos metros abaixo. Este seria o cumprimento de Daniel 9:24. Ora, o texto bíblico não diz que seria ungida a arcae sim o santo dos santos que, se entendido no sentido pessoal, refere-se a Cristo e, no sentido geográfico, ao santuário celestial. Mesmo porque, o lugar santíssimo do santuário terrestre não ficava no Calvário, mas dentro do Templo.
Ron Wyatt afirmou ainda ter recolhido amostras do sangue de Cristo, mas, como nas declarações anteriores, tudo não passou de uma teoria infundada. Como Vendyl Jones, ele também foi desafiado a apresentar provas mais substanciais do que dizia. Então, prometeu que, em um ano ou dois, voltaria ao local com uma equipe de cientistas e revelaria a arca para o mundo. Só esperaria uma ordem de Deus dizendo que chegou a hora de fazê-lo. Mas, Wyatt morreu em 1999 e, até hoje, nenhum de seus  colaboradores apresentou qualquer prova que legitime suas afirmações.

O que diz Ellen White?

Como muitos já sabem, a arca desapareceu por volta de 587 a.C., quando os babilônios atacaram Jerusalém e destruíram o Templo. A Bíblia não descreve como isto aconteceu, mas antigas tradições judaicas revezam entre Josias, Jeremias e Baruque a responsabilidade pela ocultação do objeto. Ellen White, embora não mencione o nome dos envolvidos, parece dar crédito a esta tradição. Ela diz:
“Antes do templo ser destruído, Deus fez saber a alguns de seus fiéis servos o destino do templo, que era o orgulho de Israel …Também lhes revelou o cativeiro de Israel. Estes homens justos, exatamente antes da destruição do templo, removeram a sagrada Arca que continha as tábuas de pedra, e com lamento e tristeza esconderam-na numa caverna, onde devia ficar oculta ao povo de Israel por causa de seus pecados, não mais sendo-lhes restituída. Esta sagrada arca ainda está oculta, jamais foi perturbada desde que foi escondida” Spiritual Gifts, vol. 4, pp. 114, 115 (1864); Spirit of Profecy, vol. 1, p. 414, (1870); História da Redenção, p. 195.
“Entre os justos que ainda restavam em Jerusalém, a quem tinha sido tornado claro o propósito divino, alguns havia que se determinaram colocar além do alcance das mãos cruéis, a sagrada Arca que continha as tábuas de pedra, sobre a qual haviam traçado os preceitos do decálogo. Isto eles fizeram. Com lamento e tristeza esconderam a arca numa caverna onde deveria ficar oculta do povo de Israel e de Judá por causa de seus pecados, não mais sendo-lhes restituída. Esta sagrada arca ainda está oculta. Jamais foi perturbada desde que foi escondida.” Profetas e Reis, p. 436 (1989). Grifos acrescentados.
Assim, descarta-se a idéia de que a arca tenha sido destruída, arrebatada ou transferida para fora de Israel, pois com a iminente chegada dos babilônios, os judeus não teriam tempo de fugir para longe levando consigo um objeto sagrado que demandaria um detalhado cerimonial de transporte.

Será a arca encontrada novamente?

A atitude de esconder objetos sagrados devido a uma ameaça iminente não era estranha. II Crônicas 34:14-30 descreve o momento em que, em meio à reforma do Templo, Hilquias encontrou os originais de Moisés que sacerdotes piedosos haviam escondido durante o idolátrico reinado de Manassés. Os Manuscritos do Mar Morto, descobertos em 1947, nas cavernas de Qumran, também exemplificam tal comportamento. Segundo uma hipótese, os textos teriam sido guardados ali em virtude do cerco romano sobre a cidade de Jerusalém.
Várias tradições judaicas baseadas em Jeremias 3:16 fazem supor que a arca reaparecerá no fim dos tempos. Embora o espaço não nos permita expor estas tradições, torna-se digno de nota que Ellen White também fala que as Tábuas serão trazidas novamente à vista dos habitantes da Terra:
“Com Seu próprio dedo, Deus escreveu os Seus Mandamentos em tábuas de pedra. Essas tábuas não foram deixadas aos cuidados dos homens, mas foram postas na arca; e no grande dia em que cada caso estiver decidido, essas tábuas escritas com os Dez Mandamentos serão mostradas para que o mundo inteiro possa ver e entender. Seu testemunho contra o mundo será inquestionável.” Carta 30, (1900). Manuscript Releases 1401. vol. 19, p. 265.
“O precioso registro da lei foi colocado na Arca do Testamento e está lá ainda seguramente escondida da família humana. Mas no tempo apontado por Deus Ele revelará essas tábuas de pedra a fim de serem testemunho para todo o mundo contra o desdém para com Seus Mandamentos e contra o culto idolátrico de um falso sábado.” Manuscript Releases 122, 1901. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol.1, p. 1109.
“Quando o templo de Deus for aberto, que triunfo não será para aqueles que foram fiéis e verdadeiros! No templo será vista a Arca do Testamento em que foram postas as duas tábuas de pedra nas quais foi escrita a Lei de Deus. Essas tábuas de pedra serão tiradas de seu esconderijo e nelas serão vistos os Dez Mandamentos gravados pelo dedo de Deus. Essas tábuas de pedra que agora jazem dentro da arca do testamento serão um testemunho para a verdade e os reclames da lei de Deus.” Carta 47, 1902. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 972.
Embora não possamos ser dogmáticos, estes textos parecem indicar que o reaparecimento da Lei será um ato sobrenatural de Deus por ocasião do Seu juízo sobre os homens. E isto ocorrerá quando cada caso estiver decidido.
Assim, embora possamos admitir um desejo próprio de que a arca seja encontrada, é importante ter prudência e permitir que se cumpra a vontade de Deus. Note-se que um ponto em comum a todos os pretensos descobridores da arca é que nenhum deles até hoje apresentou provas concretas que justifiquem suas afirmações. Fotos que não se revelam, soldados que impedem o acesso ou promessas que não se cumprem são insuficientes para nos fazer acreditar neste tipo de abordagem. E é importante lembrar que mesmo a verdade, se for sustentada com argumentos infundados torna-se um desserviço à causa de Deus.
Rodrigo P. Silva, novotempo.com

Biografia do Dr. Rodrigo Silva



Rodrigo Silva é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. Assunção (SP), com pós-doutorado em arqueologia bíblica pela Andrews University (EUA). É graduado em teologia e filosofia e mestre em Teologia Histórica. Atualmente está concluindo seu segundo doutorado em arqueologia clássica pela USP. Leia a Biografia completa do Dr. Rodrigo Silva no site

Moisés, Chamado para Libertar - Dr. Rodrigo Silva

Fantástica pregação sobre Moisés, o Arqueólogo Rodrigo Silva cita fatos biblicos, científicos, Históricos e arqueológicos. 

John Piper – Um Amor de Ressurreição Tão Incrível!



Por John Piper

Domingo de Páscoa

"Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai." (João 10:17-18)

Por que Jesus diz isso? Por que ele enfatiza sua voluntariedade em morrer? Porque se isso não fosse verdade — se sua morte fosse forçada a ele, se não fosse livre, se seu coração não estivesse de fato nisso — então uma grande interrogação seria colocada sobre seu amor por nós.

A profundidade de seu amor está em sua liberdade. Se ele não morreu por nós voluntariamente — se ele não escolheu o sofrimento e o abraçou — então quão grande é seu amor realmente? Então ele enfatiza isso. Ele deixa explícito. Isso vem de mim, não das circunstâncias, não de pressão, mas do que eu realmente anseio fazer.
Jesus está enfatizando para nós que seu amor por nós é gratuito. Ele parece ouvir alguma calúnia inimiga dizendo: “Jesus não ama a você de verdade. Ele é um mercenário. Ele entrou nessa por outra razão que não amor. Ele está sob algum tipo de obrigação ou compulsão externa. Ele não quer realmente morrer por você. Ele apenas de alguma maneira acabou entrando nessa tarefa e tem de se submeter às forças que o controlam.” Jesus parece ouvir ou antecipar algo assim. E ele responde:

“Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.” Ele está pressionando nesse ponto para ver se creremos em seu protesto de amor, ou se creremos no oposto — que seu coração não está realmente nisso.

Qualquer um que faz uma afirmação como essa está mentalmente perturbado, mentindo, ou é Deus. Eu tenho autoridade de dentro da morte, como um homem morto, de tomar minha vida de volta quanto eu quiser. Agora qual é o ponto aqui? Bem, o que é mais difícil? Controlar o momento de sua morte, ou dar a si mesmo vida novamente quando já morto? O que é mais difícil? Dizer “eu entrego minha vida por minha própria iniciativa,” ou dizer “eu tomarei minha vida de volta depois que estiver morto”?

A resposta é óbvia. E esse é o ponto. Se Jesus podia tomar — e tomou — sua vida de volta da morte, então ele de fato estava livre. Se ele controlou o momento em que saiu da sepultura, ele certamente controlou o momento em que ele foi para a sepultura.

Então eis o ponto. A ressurreição de Jesus é dada a nós como a confirmação ou a evidência de que ele estava, de fato, livre ao entregar sua vida. E então a ressurreição é o testemunho de Cristo quanto à liberdade de seu amor.

O Significado da Páscoa

De todas as grandes coisas que a Páscoa significa, ela também significa isso: é um grande “Eu quis fazer isso!” por trás da morte de Cristo. Eu quis fazer isso! Eu estava livre. Você vê o quão livre eu estou? Você vê quanto poder e autoridade eu tenho? Eu era capaz de evitá-la. Eu tenho o poder de tomar minha vida e voltar da sepultura. Então, como eu não conseguiria devastar meus inimigos e escapar da cruz?

Minha ressurreição é um brado sobre meu amor por minhas ovelhas: Eu era livre! Eu era livre! Eu escolhi isso. Eu abracei isso. Eu não fui capturado. Eu não fui encurralado. Nada pode me obrigar a fazer o que eu não escolho fazer. Eu tinha poder para tomar minha vida de volta da morte. Quão mais, então, eu poderia evitar meu encontro com a morte!

Eu estou vivo para mostrar a você que eu realmente amei você. Eu amei você livremente. Ninguém me forçou a fazê-lo. E agora estou livre para passar a eternidade amando você com um amor onipotente de ressurreição para sempre e sempre.

Vinde a mim, vós todos pecadores que necessitam de um Salvador. E eu os perdoarei, os aceitarei, e os amarei de todo o meu coração para todo sempre.
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Por John Piper © 2013 Desiring God Foundation. Usado com permissão. Website em português: www.satisfacaoemdeus.org. Original: Love to the Uttermost (Free eBook for Holy Week). Tradução: www.VoltemosAoEvangelho.com. Original: John Piper – Um Amor de Ressurreição Tão Incrível (Amor ao Extremo 9/9)

A parábola da figueira - Norbert Lieth


"Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mt 24.32-35).
Além da oliveira, da videira e do espinheiro, a figueira é uma ilustração de Israel, do judaísmo. Essas quatro "árvores" são mencionadas em uma passagem de Juízes (9.8-15). Além delas, também a romã é uma representação do povo judeu. Certamente a passagem bíblica que exprime com maior precisão que a figueira é uma ilustração de Israel está em Oséias 9.10, onde Deus, o Senhor, diz: "Achei a Israel como uvas no deserto, vi a vossos pais como as primícias da figueira nova..." É o que também se vê claramente em Jeremias 24.3-7: "Então, me perguntou o Senhor: Que vês tu, Jeremias? Respondi: Figos; os figos muito bons e os muito ruins, que, de ruins que são, não se podem comer. A mim me veio a palavra do Senhor, dizendo: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Do modo por que vejo estes bons figos, assim favorecerei os exilados de Judá, que eu enviei deste lugar para a terra dos caldeus. Porei sobre eles favoravelmente os olhos e os farei voltar para esta terra; edificá-los-ei e não os destruirei, plantá-los-ei e não os arrancarei. Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o Senhor; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração."
Além disso, a figueira contém um sentido profético muito profundo, o que se vê claramente nas palavras proféticas de Jesus quando fala da Sua vinda: "Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas" (Mt 24.32-33).
A seguir vamos analisar a figueira Israel à luz profética da Bíblia, perguntando-nos o que podemos aprender dela: "Aprendei, pois, a parábola da figueira..." Três simbolismos chamaram a minha atenção e quero compartilhá-los a seguir:

Primeira representação: a figueira como mestre que ensina o caminho certo, o caminho para a justiça verdadeira, legítima e permanente

Onde a figueira (Israel) aparece pela primeira vez na Bíblia?

Talvez alguns leitores dirão que encontramos em Gênesis 12 o chamamento de Abraão como primeiro hebreu, seguido pelo seu filho Isaque e pelo seu neto Jacó, cujo nome foi mudado por Deus para Israel em Gênesis 32.28: "Então disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste." É correto que o nome Israel aparece aqui pela primeira vez.
Mas eu creio que a figueira (Israel), na profundidade profética dos desígnios da salvação de Deus ("Aprendei, pois, a parábola da figueira..."), já aparece nas primeiras páginas da Bíblia, isto é, em Gênesis 3.7: "Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueiras e fizeram cintas para si." Segundo o meu entendimento, encontramos aqui a primeira menção de Israel como figueira na Bíblia, ou seja, o Israel da lei, que apenas pode cobrir o pecado.
Além da árvore da vida e da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.9), a figueira("...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si") é a única árvore do jardim do Éden mencionada pelo nome. Para mim, a menção da figueira já nas primeiras páginas da Bíblia (ao lado de inúmeras outras árvores paradisíacas criadas por Deus, cujos nomes não são citados) é uma gloriosa figura da eleição de Israel: "...o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra" (Dt 7.6).
Além da árvore da vida e da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.9), a figueira("...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si") é a única árvore do jardim do Éden mencionada pelo nome.
Adão e Eva haviam pecado e, em conseqüência, reconheceram que estavam nus. Então eles apanharam folhas de figueira e cobriram sua nudez com essas folhas. Entretanto, assim eles somente puderam cobrir a sua culpa, mas não puderam obter o perdão do seu pecado. Para isso foi necessário um sacrifício de sangue: "Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu" (Gn 3.21) Isso significa que Deus matou dois animais e, com sua pele, cobriu a nudez dos dois primeiros seres humanos. O sangue derramado nesse ato serviu para o perdão do pecado.
Portanto, já nas primeiras páginas da Bíblia é revelado profeticamente todo o Plano de Salvação. Ali ele ainda está envolto em mistério, mas no decorrer de outras revelações posteriores tornou-se cada vez mais nitidamente visível.
O que aprendemos disso?

1. As folhas da figueira apontam para uma outra salvação, que é melhor e mais perfeita

Em Hebreus 7.19 está escrito: ("...pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus." Mas quem é a esperança superior, acima da lei? O sacrifício providenciado por Deus em Jesus Cristo na cruz!
Segundo o meu entendimento, as cintas de folhas de figueira indicam a necessidade de uma vestimenta mais definitiva, que exigia um sacrifício com sangue, uma esperança superior. Depois que Adão e Eva pecaram, imediatamente souberam que estavam nus e que deviam cobrir-se: "...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si." Mas isso não foi suficiente diante do Deus santo. Por isso, cheio de misericórdia, Ele matou dois animais e "fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu."
Exatamente este é o sentido e a finalidade de Israel no Plano de Salvação. A figueira Israel, do começo até o fim, aponta para a salvação superior em Jesus Cristo, o Grande Sacrifício da Justiça de Deus. Em Israel nos foi dada a lei. Mas por meio dela reconhecemos que somos pecadores e carecemos da graça de Deus. Outrora Adão e Eva tomaram as folhas da figueira, mas perceberam que essas cintas feitas por eles mesmos não podiam salvá-los do pecado que haviam cometido e que necessitavam de outra salvação.
Quase toda a Epístola aos Hebreus mostra que o antigo Israel, em todos os seus procedimentos, é uma indicação para Cristo; que todos os seus sacrifícios apontam para o perfeito sacrifício de Jesus na cruz, e que o sumo sacerdote judeu da Antiga Aliança é uma referência ao Sumo Sacerdote verdadeiro, definitivo e eterno: Jesus Cristo.
A figueira Israel, do começo até o fim, aponta para a salvação superior em Jesus Cristo, o Grande Sacrifício da Justiça de Deus.
Israel sob a lei aponta para a graça (Gl 3.24). Em Israel, sob a lei, os pecados puderam ser apenas cobertos (folhas de figueira). Mas pelo sacrifício de Jesus, com sangue – que maravilhosa boa nova de salvação!! – os pecados são perdoados e tirados. A respeito lemos em Hebreus 9.26:"...Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado."

2. Pelas folhas da figueira vemos que as obras da lei não podem produzir a justiça que vale diante de Deus

Em nenhum lugar isso é demonstrado mais claramente do que na figueira Israel. Em todo o decurso da história desse povo, Deus mostrou a todo o mundo que a lei não pode salvar.
Mas justamente este é o grande problema de Israel até hoje, pois eles continuam pensando que podem ser salvos pelas obras da lei. A Bíblia, porém, ensina inequivocamente: "...por obras da lei, ninguém será justificado" (Gl 2.16). Em Gálatas 3.10 isso é expresso de maneira ainda mais precisa: "Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo damaldição..." O apóstolo Paulo dirigiu essas palavras profundamente sérias em primeiro lugar aos crentes na Galácia, que além da graça em Jesus Cristo ainda queriam assumir as leis do judaísmo. Como Adão e Eva ("...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si)", hoje muitos procuram alcançar o favor de Deus pela observância da lei ou de exercícios religiosos. Conheci, por exemplo, um homem que antes de se converter a Jesus orava o "Pai Nosso" 150 vezes por dia. Todos que fazem tais coisas se esforçam em vão, pois assim estão realmente "...debaixo da maldição". Diante disso, como soa maravilhosa a mensagem do sacrifício de Jesus na cruz: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito (Dt 21.23): maldito todo aquele que for pendurado em madeiro" (Gl 3.13) – "fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu." Ele realizou uma salvação superior!
Hans Brandenburg disse certa vez:
O legalismo é o equívoco de trocar o diagnóstico pela terapia... Legalismo sempre é algo pela metade. Em geral o homem escolhe um ponto especial que está disposto a observar e guardar, e então se apóia na pressuposta observância dessa lei e negligencia a comunhão com Jesus.
Exatamente assim também Paulo se expressa quando fala da figueira Israel: "Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus" (Rm 10.3-4).
Qual é a sua situação? Você já aceitou a graça? No fundo, é tudo tão simples: basta ir ao Senhor Jesus Cristo e Lhe entregar toda a nossa vida. Na verdade, este já é o passo do arrependimento, quando reconhecemos: "Eu sou um grande pecador". É impossível mencionar todos os pecados que cometemos em pensamentos, palavras e ações durante nossa vida. Por isso, venha a Jesus Cristo com toda a sua vida e diga a Ele: "Eu sou um grande pecador. Senhor, eu preciso de Ti para toda a minha vida – para tudo que houve, para tudo que é, e para tudo que virá. Eu te aceito agora como meu Salvador". Então você experimentará repentinamente o que é salvação verdadeira – pois esta é a justiça em Jesus, a justiça que tem valor diante de Deus!
Já nas primeiras páginas da Bíblia a figueira nos é mostrada como uma ilustração de Israel, como um livro didático de Deus ensinando sobre a salvação verdadeira. Assim como as folhas de figueira de Adão e Eva indicavam o anseio de salvação – e mais além o sacrifício pleno e suficiente de Jesus Cristo –, Israel nos é dado como um exemplo que aponta para a graça redentora. Por meio deste povo nos é mostrado claramente o anseio por salvação e a satisfação desse anseio em Jesus Cristo.

Segunda representação: a figueira como mestre que ensina sobre a salvação

Já nas primeiras páginas da Bíblia a figueira nos é mostrada como uma ilustração de Israel, como um livro didático de Deus ensinando sobre a salvação verdadeira.
Em 2 Reis 20.5-7 o Senhor diz ao Seu profeta Isaías: "Volta e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei; ao terceiro dia, subirás à Casa do Senhor. Acrescentarei aos teus dias quinze anos e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo. Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos; tomaram-na e a puseram sobre a úlcera; e ele recuperou a saúde."
O que aprendemos disso?

1. A figueira Israel existe para salvação

Israel é como uma pasta de figos, como remédio para a humanidade, para todas as nações. Mas não é em si mesmo que este povo é salvação e bênção sobre a terra. Israel só pode ser uma ajuda para um mundo enfermo por causa dAquele que vem de Israel e se tornou o sacrifício para o mundo: Jesus Cristo. Este já foi o desígnio de salvação de Deus com Abraão, quando falou ao patriarca de Israel: "...em ti serão benditas todas as famílias da terra." (Gn 12.3b). Jesus é o Salvador do mundo, mas foi o judaísmo que o trouxe ao mundo. Essa é a única razão de ser do povo judeu, do qual o Eterno de Israel fez vir Seu Filho Jesus Cristo para salvação do mundo inteiro!
Os botânicos descrevem a figueira da seguinte maneira:
– "Tem tronco retorcido com casca clara". Em si mesmo, Israel é torto e rebelde, mas resplandece por meio de Jesus Cristo. Tive que pensar em Moisés, que em si mesmo também era "torto". Mas quando retornava do encontro com Deus, "a pele do seu rosto resplandecia" (Êx 34.29).
– "A ramada se estende em todas as direções e tem folhas com cinco pontas". Israel se tornou salvação para todos os povos. O Evangelho foi anunciado primeiramente em Jerusalém, Samaria e Judéia, mas depois, partindo de Israel (figueira), – para todas as direções, para todos os povos. Folhas com cinco pontas: cinco é o número da graça. Uma pasta de figos foi colocada sobre a parte enferma do corpo de Ezequias e ele foi curado. Jesus teve cinco ferimentos que se tornaram a salvação do mundo.
Em Isaías 49.3 está escrito: "...e me disse: Tu és o meu servo, és Israel, por quem hei de ser glorificado" (Is 49.3). Aqui vemos a identificação de Israel com seu Filho maior, Jesus Cristo. A figueira Israel, em conexão com Jesus, o Messias, tornou-se a salvação para o mundo. Por isso está escrito mais adiante: "Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra" (Is 49.6). Aqui a Palavra de Deus não se refere mais a Israel propriamente, mas Àquele que viria de Israel, a Jesus Cristo: "...pouco é o seres o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel..." Pois Israel não poderia restaurar a si mesmo, nem poderia tornar a trazer os remanescentes de si mesmo. E como a figueira Israel em si mesma é torta, resplandecendo somente em seu Messias, assim também é evidente que as palavras seguintes se referem ao Filho maior de Israel: "...também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra". Por isso Jesus disse em João 4.22b: "...a salvação vem dos judeus."

2. Profeticamente parece que já se delineia também a futura salvação de Israel – seu próprio restabelecimento se avizinha

Voltemos novamente para o rei Ezequias, que já estava diante da morte, mas em lágrimas implorou a cura ao Senhor. Deus ouviu sua oração e ordenou a Isaías: "Volta, e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei; ao terceiro dia, subirás à casa do Senhor. Acrescentarei aos teus dias quinze anos e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo. Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos; tomaram-na e a puseram sobre a úlcera; e ele recuperou a saúde" (2 Rs 20.5-7).
Assim como Ezequias, também Israel ainda terá que enfrentar angústia mortal. Pois no tempo da Grande Tribulação todas as nações da terra se voltarão contra Israel e se reunirão em Armagedom para destruí-lo totalmente. Mas então esse povo, em agonia, como Ezequias outrora, clamará ao Senhor com suas últimas forças: "Deus de Abraão, Isaque e Jacó! Nosso Messias, vem e salva-nos dos nossos inimigos!" Ele ouvirá Seu povo e o salvará – Israel poderá ir ao templo novamente (pois Jesus levantará o templo do Milênio) – Ele derrotará os inimigos de Israel e protegerá a cidade de Jerusalém.
A história de Ezequias se encaixa no contexto das afirmações de Deus sobre o futuro de Israel e da vinda de Jesus. Assim talvez já possamos ver, na pasta de figos, por meio da qual a saúde de Ezequias foi restabelecida, um paralelo da figueira restabelecida em Mateus 24:"Aprendei, pois, a parábola da figueira..." E a declaração: "...no terceiro dia subirás à casa do Senhor", é no mínimo interessante. Pedro disse: "Há, todavia, uma cousa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia" (2 Pe 3.8). Desde a primeira vinda de Jesus a Belém já se passaram quase dois mil anos (dois dias divinos). Não é em vão que após 1948 anos Deus fez de Israel novamente um povo na Terra Prometida, e no ano de 1967 lhe devolveu a cidade de Jerusalém. Será que Israel subirá novamente à casa do Senhor no "terceiro dia"? Não sabemos o momento exato da vinda de Jesus para a Sua Igreja, nem o dia da Sua volta para Seu povo Israel. Mas vemos e presenciamos em nossos dias a restauração da figueira: Israel é conduzido em direção à sua cura. E nosso Senhor prometeu expressamente: "Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mt 24.34-35).

Terceira representação: a figueira como mestre que ensina sobre os desígnios proféticos da salvação de Deus

Em Lucas 17.5-6 lemos: "Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé. Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá."
É preciso esclarecer que, conforme diversos autores, a árvore aqui chamada de amoreira é, na verdade, o sicômoro, a figueira brava, a mesma árvore em que Zaqueu subiu para ver Jesus (Lucas 19). Um dicionário da Bíblia diz a respeito: "O sicômoro pode atingir até 16 metros de altura e alcança uma circunferência de até 10 metros. A madeira é dura, uniforme e muito durável e, depois do cedro, é a melhor madeira para carpintaria."
Certa vez o Senhor Jesus apontou para esse fato ao dizer: "Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos" (Mt 21.43).
O Senhor Jesus apontou para uma árvore tão grande e disse aos seus apóstolos, que eram judeus: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá." Certamente podemos dizer que, no sentido profético, isso se cumpriu exatamente. Foi o que realmente aconteceu com a figueira Israel, que no tempo de Jesus havia se tornado um povo orgulhoso. Os israelitas foram desarraigados da sua pátria judaica e lançados no mar das nações. Este foi um desígnio de salvação de Deus e tornou-se uma bênção para os povos. Por meio da fé dos apóstolos, que eram judeus, descendendo eles mesmos da figueira, o Evangelho foi levado aos gentios.
A Bíblia fala em Atos 13.46-47 sobre essa transferência do Evangelho de Israel para as nações: "Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos para os gentios. Porque o Senhor assim no-lo determinou (Is 49.6): Eu te constituí para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até aos confins da terra." Ao desarraigamento espiritual de Israel seguiu-se, então, também o desarraigamento como nação: no ano 70 d.C. os judeus foram arrancados de sua terra e espalhados por todo o mundo.
Os apóstolos tiveram a fé para transplantar a bênção de Israel para o mar das nações. O Messias deles nos foi trazido como o Cristo. Certa vez o Senhor Jesus apontou para esse fato ao dizer: "Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos" (Mt 21.43).
O que parecia juízo – e, com certas reservas, também o foi – tornou-se uma bênção para os gentios. Paulo fala a respeito em suas palavras aos judeus, e assim explica que, de acordo com Isaías 49.6, isso foi necessário para se tornar salvação e luz para todos os gentios. Enquanto o sicômoro foi transplantado ao mar das nações, nós nos tornamos participantes da "bênção e seiva salvadora" da figueira. A esse respeito Paulo diz em Romanos 11.11:"Porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum; mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios..."
Mas Israel não continuará para sempre com suas raízes arrancadas. A palavra profética da Bíblia promete à figueira seu restabelecimento na terra dos pais – o que acontece desde 1948 e continuará acontecendo –, com o que também a bênção volta para a terra e para o povo de Israel.
Mas Israel não continuará para sempre com suas raízes arrancadas. A palavra profética da Bíblia promete à figueira seu restabelecimento na terra dos pais – o que acontece desde 1948 e continuará acontecendo –, com o que também a bênção volta para a terra e para o povo de Israel. A figueira novamente lançará raízes e trará frutos. Por isso Paulo continua dizendo: "Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!" (v. 12). Esse novo arraigamento da figueira Israel na sua terra para restauração espiritual e nacional também é salientado em Romanos 9.26: "e no lugar em que se lhes disse: Vós sois o meu povo; ali mesmo são chamados filhos do Deus vivo."De que lugar se fala aqui? Da terra de Israel!
Assim, finalmente tudo converge na gloriosa promessa de Miquéias 4.4: "Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do Senhor dos Exércitos o disse" (compare também Ageu 2.19). O sentar-se debaixo da videira e da figueira é uma maravilhosa imagem de uma vida em paz assegurada. Agora ainda não é assim, mas Israel será levado a isso – no Milênio de Jesus Cristo. Já o reinado de Salomão apontou para o Milênio, onde um dia reinará paz: "Judá e Israel habitavam confiados, cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão" (1 Rs 4.25). Isso se cumprirá de maneira completa quando Jesus Cristo voltar ao Seu povo como o Messias de Israel. Por isso oramos: "Maranata – vem Senhor Jesus!" (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Norbert Lieth É Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional. Suas mensagens têm como tema central a Palavra Profética. Logo após sua conversão, estudou em nossa Escola Bíblica e ficou no Uruguai até concluí-la. Por alguns anos trabalhou como missionário em nossa Obra na Bolívia e depois iniciou a divulgação da nossa literatura na Venezuela, onde permaneceu até 1985. Nesse ano, voltou à Suíça e é o principal preletor em nossas conferências na Europa. É autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol.

Tão Grande Salvação - David M. Levy


Tão Grande Salvação

Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma. Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam. A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar. Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus” (1 Pe 1.1-21).
O maior presente já concebido e concedido à humanidade é a redenção. Somente um Deus onisciente e onipotente poderia planejar e realizar a redenção dos seres humanos.
O maior presente já concebido e concedido à humanidade é a redenção. Somente um Deus onisciente e onipotente poderia planejar e realizar a redenção dos seres humanos. No primeiro capítulo de 1 Pedro, o Senhor nos lembra, através do apóstolo Pedro, que nossa redenção é baseada na graça, verdade e soberania de Deus.
Pedro escreveu esta epístola aos cristãos judeus e gentios, chamados “forasteiros da Dispersão (Diáspora) no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1 Pedro 1.1).Eles eram peregrinos (forasteiros, residentes temporários), porque seu verdadeiro lar estava no céu.
Embora o artigo definido (a) esteja incluso antes da palavra dispersão (de + a Dispersão), ele não aparece no original grego. Sem o artigo definido, a construção indica qualidades ou características, em vez de apontar para uma identidade particular.
Apesar de a palavra diáspora referir-se normalmente ao povo judeu espalhado pelo mundo, aqui não é assim. Pedro omitiu o artigo definido no versículo 1, revelando que não estava aludindo especificamente aos cristãos judeus, mas a todos os cristãos espalhados pela Ásia Menor (atual Turquia).

Selecionados Para Salvação

Usando uma seleção cuidadosa de palavras, Pedro revelou como o Deus triúno garantiu a salvação.
Eleitos – Em primeiro lugar, Deus Pai selecionou aqueles que seriam salvos. Eles foram“eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação” (v.2). Eleição refere-se ao ato soberano de Deus pelo qual Ele incondicionalmente escolheu homens e mulheres para Si mesmo. A escolha incondicional de Deus não foi baseada em qualquer mérito dos indivíduos, mas foi de acordo com Sua graça e a satisfação da Sua vontade.
Santificados – Em segundo lugar, os crentes são santificados pelo Espírito Santo (v.2). Ou seja, o Espírito Santo aplica os benefícios do sacrifício de Cristo a cada um, pelos quais somos purificados do pecado e separados para o serviço do Senhor.
Aspergidos – Em terceiro lugar, “a aspersão do sangue de Cristo” torna possível às pessoas a salvação e a purificação dos pecados, e capacita-as a viver em submissão obediente ao Senhor e à Sua Palavra.

O Sofrimento dos Santos

Esses novos crentes se alegraram em sua salvação e herança em Cristo. Ao mesmo tempo, eles foram “contristados por várias provações”, por causa da sua fé (v.6). Deus permite esses testes para revelar “a evidência genuína da fé”: “Para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, não havendo visto, amais” (vv.7-8).
Como o ouro precisa ser depurado em fogo para ser refinado e purificado, assim o fogo depurador das provações purifica a nossa fé.
Como o ouro precisa ser depurado em fogo para ser refinado e purificado, assim o fogo depurador das provações purifica a nossa fé. Uma fé que resiste às chamas da perseguição é verdadeiramente genuína. O resultado traz ao crente “louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” – ou seja, reconhecimento e recompensa no retorno de Cristo para Sua igreja (v.7).
Embora Pedro tenha visto o Senhor Jesus fisicamente, ele estava escrevendo aos crentes que não O tinham visto. Estes amavam a Cristo por causa do que Ele tinha feito por eles (v.8). A fé cristã não é sustentada por uma visão física do Salvador, mas através de um relacionamento pessoal com Ele.
Além disto, eles se alegraram pela salvação “com alegria indizível e cheia de glória” (v.8). Ou seja, a alegria deles era tão grande que não havia palavras para expressar sua intensidade e a glória completa que experimentavam. Por causa do seu relacionamento de amor com Jesus Cristo, eles percebiam mais uma vez o objetivo da sua fé, que era a salvação de suas almas (v.9).

Investigando as Escrituras

Pedro encorajou esses crentes sofredores fazendo referência aos profetas hebreus: “Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada” (v. 10). Séculos antes, o Espírito Santo havia revelado aos profetas (1) a “graça” de Deus que viria para os crentes (v.10); (2) “os sofrimentos referentes a Cristo” no momento da crucificação (v.11); e (3) “as glórias que os seguiriam” através da ressurreição, ascensão e entronização de Cristo (v.11).
Os profetas procuraram diligente e cuidadosamente entender seus próprios escritos. Eles não apenas indagaram e inquiriram o sentido de suas profecias, diz Pedro, mas também investigaram “qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam” (v.11). Ou seja, os profetas tentaram descobrir o tempo e as circunstâncias que o Espírito de Cristo estava indicando. O Espírito Santo revelou a esses profetas que a salvação sobre a qual eles haviam escrito não seria cumprida no tempo de vida deles, mas em uma época futura (v. 12).
Seres mais sábios que os profetas do Antigo Testamento, que são os anjos, “anelam perscrutar” vários aspectos da salvação (v.12). A palavra perscrutar descreve uma pessoa inclinada para frente, explorando e examinando algo seriamente e com atenção. Portanto, os santos anjos têm um desejo contínuo e intenso de compreender inteiramente o mistério envolvido na redenção da humanidade, que está fora da esfera da sua compreensão, porque anjos não experimentam a salvação.

A Mordomia dos Santos

Depois de transmitir uma base doutrinária para a fé desses novos crentes, Pedro revelou a responsabilidade que eles tinham de viver por Cristo: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está : Sede santos, porque eu sou santo” (vv.13-16).
Nossa redenção foi adquirida através do sangue precioso de Cristo. Ela foi planejada na eternidade passada, porque Cristo estava predestinado antes da fundação do mundo para dar Sua vida como um sacrifício resgatador pelo pecado.
Primeiro, eles precisavam ter esperança referente à expectativa paciente da volta de Cristo e de todas as bênçãos como recompensa. Deveriam ter esperança na alegria que Cristo vai conceder aos crentes em Seu retorno. Ao escrever “cingindo o vosso entendimento”, Pedro nos diz para termos uma mentalidade ligada às Escrituras, que resulte em preparação para servir ao Senhor.
Segundo, ele disse para sermos sóbrios, significando que devemos manifestar autodisciplina e autocontrole. Os redimidos devem viver “como filhos da obediência”,evitando suas antigas práticas pecaminosas.
Além do mais, somos convocados a ser santos. O povo de Deus deve ter um padrão de vida digno dEle (v.15). Ele é infinitamente santo, e Seu propósito redentor é libertar a humanidade corrupta de toda forma de maldade, a fim de que as pessoas em qualquer lugar possam ser conformadas à imagem de Cristo (Roman 8.29).
Também temos que honrar a Deus. Os cristãos devem ter temor de Deus e prestar-Lhe a devida reverência, vivendo sua peregrinação na Terra em temor, porque Ele julgará suas obras (serviço) sem parcialidade no Julgamento do Trono de Cristo: “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação” (v.17).

Sacrifício Pelo Pecado

Pedro enumerou o grande custo da nossa salvação: “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (vv.18-19).
Nossa redenção foi adquirida através do sangue precioso de Cristo. Ela foi planejada na eternidade passada, porque Cristo estava predestinado antes da fundação do mundo para dar Sua vida como um sacrifício resgatador pelo pecado. Esse plano foi revelado no fim dos tempos (v.20).
Provas do sacrifício redentor de Cristo pelos pecados foram vistas em Sua ressurreição (v.21). Seu ato redentor foi perfeito e confirmou-se quando Deus Pai “o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória” (v.21). Isso aconteceu na ascensão e exaltação de Cristo até seu trono à direita do Pai.
Um dos propósitos fundamentais da redenção era dar aos crentes fé e esperança em Deus. A fé nos capacita a receber a redenção, e em esperança aguardamos a finalização da nossa redenção na Segunda Vinda de Cristo (v.21).
O escritor de Hebreus disse: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hb 2.3). Coloque sua fé em Cristo agora, pois amanhã pode ser muito tarde.(David M. Levy - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

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