Curso Bacharel em teologia a distancia

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Todos os caminhos levam a Deus?

Culpa! - John Owen .



Por John Owen (1616 - 1683)


Esforce-se por encher sua mente e sua consciência com uma percepção clara e constante da culpa, do perigo e do mal do desejo pecaminoso que está perturbando você.

1. A culpa do seu desejo pecaminoso

O cristão precisa se recusar a ser enganado pelos argumentos enganosos da sua natureza pecaminosa. Ela sempre procurará apresentar desculpas para diminuir a gravidade da sua culpa. Está sempre pronta a raciocinar da seguinte maneira: "Talvez isto seja mal, mas há coisas que são piores! Outros santos não apenas têm pensado nessas coisas como as têm praticado..."

Mediante centenas de maneiras diferentes o pecado procurará impedir que a mente elabore uma compreensão correta da sua culpa. Como os profetas nos disseram: "A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento" (Os. 4:11).

Da mesma maneira como estes desejos pecaminosos têm pleno êxito em produzir isso nos não-cristãos, assim também, até certo ponto, terão sucesso ao agirem nos cristãos.

Em Provérbios, encontramos um quadro triste de um jovem que foi seduzido por uma prostituta. Este jovem carecia de "juízo" (Prov. 7:7). Qual era exatamente o "juízo" de que carecia? A resposta é que não sabia que entregar-se a sua lascívia iria lhe "custar a vida" (Prov. 7:23) - não levou em conta a culpa do mal no qual estava envolvido.

Se quisermos mortificar o pecado, precisamos perceber plenamente que ele procurará prejudicar nossa percepção da culpa envolvida nele. Precisaremos, então, fixar uma compreensão correta dessa culpa em nossas mentes. Há duas coisas que devemos ter em mente que nos ajudarão nesse sentido:

a) O pecado de um cristão é muito mais grave que o de um incrédulo.

A graça de Deus que está agindo no cristão enfraquecerá o poder do pecado que não é mais seu mestre como, infelizmente, continua sendo dos incrédulos (veja Rom. 6:14,16). Ao mesmo tempo, contudo, a culpa do pecado num cristão é pior pelo fato de que o cristão peca contra a graça!

"Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum. Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?" (Rom. 6:1,2).

Neste texto a ênfase está na palavra "nós" (subentendida). Como é que nós faremos isso? Sem dúvida somos piores do que qualquer outro se praticarmos o pecado. Pecamos contra o amor de Deus. Pecamos contra a misericórdia de Deus. Pecamos a despeito da promessa de ajuda para derrotarmos o pecado. Muito mais poderia ser dito, todavia deixem que essa consideração final fique gravada nas suas mentes.

No coração de cada cristão há muito mais mal e culpa no pecado que permanece lá, do que haveria em uma igual medida de pecado num coração que não tem a graça de Deus.

b) Pense em como é que Deus vê o seu pecado

Quando Deus contempla as aspirações por santidade que a graça tem produzido no coração de qualquer um dos Seus servos, Ele vê mais beleza e excelência nelas do que vê nas mais gloriosas obras dos homens destituídos da graça. Sim, Deus até mesmo vê mais beleza e excelência nestas aspirações internas, do que vê na maioria dos seus atos externos. Isso é porque há quase sempre uma maior mistura de pecado nas nossas ações exteriores do que nas aspirações e desejos por santidade de um coração com a graça de Deus.

Por outro lado, Deus vê grande mal no desejo pecaminoso de um cristão. Ele vê maior mal nesse desejo pecaminoso, do que vê nos atos visíveis e notórios dos ímpios. Ele vê ainda maior mal nele do que vê em muitos pecados externos nos quais os santos possam cair. Por quê? É porque Deus vê que há mais disposição interna contra o pecado propriamente dito, e geralmente há mais humilhação pelo pecado. É por isso que Cristo trata da decadência espiritual nos Seus filhos, indo à raiz e expondo seu verdadeiro estado. "Eu conheço..." (Apoc. 3:15).

Leitor, você precisa deixar que estas e outras considerações semelhantes o levem a uma clara consciência da culpa pelo desejo pecaminoso que habita em você. Não subestime nem procure desvencilhar-se da sua culpa nisto, ou seu desejo pecaminoso se fortalecerá e prevalecerá sem que você o perceba.

2. O perigo do seu desejo pecaminoso

Há muitos perigos a serem considerados, mas nós nos limitaremos a quatro deles:

a) O perigo de sermos endurecidos

Considere as advertências de Hebreus 3:12,13. Nestas palavras o escritor solenemente admoesta seus leitores a que façam tudo que estiver ao seu alcance para evitar que sejam "endurecidos pelo engano do pecado". O endurecimento mencionado aqui é a apostasia total, um endurecimento que "afasta do Deus vivo". Qualquer desejo pecaminoso que se deixe sem mortificar opera tal endurecimento e consegue fazer pelo menos algum progresso nessa direção. A pessoa que está lendo estas palavras pode ter sido certa vez muito terna para com Deus e freqüentemente percebido o mover-se do seu coração pela Sua Palavra. Agora, no entanto, eis que as coisas mudaram e ela pode negligenciar os deveres de orar, de ler e de ouvir a Palavra de Deus, com pouca preocupação. Não é suficiente que seu coração trema ao pensar em se endurecer, a tal ponto que você pense levianamente do pecado, da maravilha da graça de Deus, da misericórdia de Deus, do precioso sangue de Cristo, da lei de Deus, do céu e do inferno. Leitor, tome cuidado. Isso é o que um desejo pecaminoso que não foi mortificado fará, se for deixado sem ser examinado.

b) O perigo de alguma grande punição temporal

Embora Deus nunca vá abandonar completamente os Seus filhos por deixarem de mortificar seus desejos pecaminosos, talvez Ele os castigue, causando-lhes dor e tristeza (veja Sal. 89:30-33). Pense em Davi e em todas as tribulações que teve porque deixou de mortificar os desejos pecaminosos por Bate-Seba. Não significaria nada para você que seu fracasso em mortificar os desejos pecaminosos na sua vida possa trazer sobre você castigos dolorosos que podem continuar com você até o túmulo? Se não tem receio de tal coisa, então há uma boa razão para temer que seu coração já esteja endurecido.

c) O perigo de perder a paz e a força pelo resto da vida

A paz com Deus e a força para andar diante de Deus são essenciais para a vida espiritual da alma. Sem gozar destas coisas em certa medida, viver é morrer. Quando uma pessoa persiste em deixar de mortificar os seus desejos pecaminosos, mais cedo ou mais tarde será privada de ambas essas bênçãos. Que paz ou que força pode desfrutar uma alma quando Deus diz: "Por causa da indignidade da sua cobiça eu me indignei e feri o povo; escondi a face, e indignei-me..." (como Ele fez em Is. 57:17)? Ainda noutra ocasião Deus diz: "Irei, e voltarei para o meu lugar, até que se reconheçam culpados" (Os. 5:15). E, quando Deus age assim, o que será da paz deles e de sua força?

Pense, leitor, seria o caso de que em breve, talvez, você não mais veja a face de Deus com paz? Talvez amanhã você não seja capaz de orar, de ler, de ouvir ou de realizar quaisquer deveres com pelo menos um pouco de gozo, vida ou vigor. Talvez Deus lance suas setas em você, e o encha de angústia, de temores e de perplexidades. Considere isto um pouco, que embora Deus não o destrua totalmente, Ele poderá lançá-lo em um estado no qual você sinta que isto é o que acontecerá com você. Não deixe de lado esta consideração até que sua alma trema dentro de você.

d) O perigo da destruição eterna

Há tal conexão entre a persistência no pecado e a destruição eterna que enquanto uma pessoa estiver sob o poder do pecado, ela precisa ser advertida sobre a destruição e a separação eterna de Deus. O fato de Deus ter resolvido livrar alguns da permanência no pecado (a fim de salvá-los da destruição) não muda o outro fato (igualmente verdadeiro) de que Deus não livrará da destruição quem permanecer no pecado. A regra de Deus é muito clara. "Aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção..." (Gál. 6:7,8). Quanto mais claramente reconhecermos a realidade de que os desejos pecaminosos que não foram mortificados levarão a destruição eterna, mais claramente veremos o perigo de permitir que qualquer desejo pecaminoso na nossa vida permaneça sem ser mortificado. O desejo pecaminoso é um inimigo que nos destruirá se antes não o destruirmos. Que isso penetre fundo na sua alma. Não se contente com a suposição de que já foi suficientemente fundo enquanto não tremer ao pensar em ter um inimigo vivendo dentro de você, que o destruirá se antes você não o destruir.

3. Os males da sua lascívia

O perigo se preocupa com futuras possibilidades mas o mal com as atuais. Há muitos males relacionados com um desejo pecaminoso que não tenha sido mortificado, porém focalizaremos nossa atenção apenas em três deles:

a) Entristece o santo e bendito Espírito de Deus

O grande privilégio dos cristãos é que o Espírito de Deus vive dentro deles. Por causa disso, os cristãos são especial-mente exortados em Efésios 4:25-29 a se absterem de uma variedade de desejos pecaminosos e motivados a fazer isso com as seguintes palavras:

"E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção" (Ef. 4:30).

Assim como uma pessoa terna e amorosa se entristece com a falta de bondade de um amigo, assim também o Espírito Santo é entristecido quando um cristão permite que desejos pecaminosos que não foram mortificados vivam no seu coração. O Espírito Santo escolheu nossos corações como Sua habitação. Ele veio fazer por nós todo o bem que desejamos. O Espírito Santo Se entristece muito quando um cristão compartilha seu coração, que Ele veio possuir, com seus inimigos (nossos desejos pecaminosos), os próprios inimigos que Ele veio ajudar a destruir.

Ó, cristão, considere quem e o que você é; considere quem é o Espírito que você está entristecendo, o que Ele fez por você e o que Ele pretende fazer por você. Envergonhe-se de cada desejo pecaminoso que não mortificou e que dessa maneira permitiu que maculasse o Seu templo.

b) O Senhor Jesus Cristo é ferido novamente pelo desejo pecaminoso que não foi mortificado.

Quando o desejo pecaminoso permanece sem ser mortificado no coração de um cristão, a nova criação de Cristo naquele coração é ferida, Seu amor é frustrado, Seu inimigo gratificado. Assim como um abandono total de Cristo pelo engano do pecado é estar "crucificando para si mesmos o Filho de Deus, e expondo-o à ignomínia" (Heb. 6:6), do mesmo modo, abrigarmos pecados que Ele veio para destruir O fere e O entristece.

c) Rouba a utilidade de um cristão

Desejos pecaminosos que não tenham sido mortificados geralmente produzem uma doença espiritual na vida da pessoa. Seu testemunho raramente recebe a bênção de Deus. Muitos cristãos permitem que desejos pecaminosos que destroem a alma vivam nos seus corações. Esses jazem como vermes à raiz da sua obediência, e a corroem e a enfraquecem dia após dia. Todas as graças, todas as maneiras e todos os meios pelos quais as graças possam ser exercidas e aperfeiçoadas, são impedidos desta maneira; e Deus mesmo nega a este homem qualquer sucesso.

Conclusão

Nunca se esqueça da culpa, do perigo e da malignidade do pecado. Pense muito nestas coisas. Permita que elas encham sua mente até que levem seu coração a tremer.

***
Fonte: Josemar Bessa

O Poder da Palavra de Deus - Steve Herzig

O Poder da Palavra de Deus

Um jovem judeu começou a ler: “Ele foi traspassado pelas nossas transgressões” (Is 53.5).Enquanto lia, parecia ouvir uma voz gritando: “Pare! Isso parece Jesus!” Simultaneamente, uma voz suave dizia: “Não pare! Isso parece Jesus!”
O jovem continuou a ler: “Ele foi moído pelas nossas iniqüidades”. Durante todo o tempo em que lia Isaías 53, duas vozes pareciam discutir dentro de sua cabeça. Por um breve momento, ele até mesmo questionou sua própria sanidade. “Por que qualquer judeu com sanidade mental consideraria Jesus como sendo o Messias prometido?”, ele se perguntava.
Respirou fundo e se lembrou de alguns fatos. Este era o livro de Isaías (um profeta judeu) de uma Bíblia judaica, publicada pela Sociedade de Publicação Judaica, e lhe fora dado por sua sinagoga ortodoxa. O que seria mais judeu do que isso? Ele logo observou que havia outras passagens nas Escrituras hebraicas que descreviam Jesus. E cada versículo era claro e conciso.
Quanto mais lia, mais certo ficava de que o que estava lendo era verdadeiro. Uma estranha sensação de calma e paz subitamente pareceu envolvê-lo.
A mesma paz é descrita no Livro aos Hebreus, do Novo Testamento: “Nós, porém, que cremos, entramos no descanso” (Hb 4.3). O “descanso” é o descanso de Deus. É o descanso que se apossa da pessoa que, pela fé, confia em Jesus como Salvador. É o descanso associado com a paz e a liberdade interiores, independentemente das circunstâncias.
Qualquer pessoa que já tenha alguma vez entrado naquele descanso específico o fez pela fé, depois de ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17). A Palavra de Deus não é igual a nada mais no mundo, e tem poder para transformar as pessoas de maneiras incríveis: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12).
A Palavra de Deus é viva. É ativa e inerentemente poderosa, e o Todo-Poderoso a usa como um cirurgião usa um bisturi, cortando diretamente no coração, e transformando seus leitores para sempre. Essa maravilhosa transformação acontece todos os dias com inúmeras pessoas de todos os tipos de históricos passados, e de todas as partes do globo. Seguem alguns exemplos:

Um Etíope Transformado

Atos 8 registra a história de um eunuco etíope gentio que estava sentado em sua carruagem no deserto, lendo o capítulo 53 de Isaías. Deus enviou Filipe, um judeu crente em Jesus, para falar ao homem precisamente quando ele estava lendo. Filipe o cumprimentou com uma pergunta: “Compreendes o que vens lendo?” (v.30).
O eunuco respondeu com outra pergunta: “A quem se refere o profeta (...). Fala de si mesmo ou de algum outro?” (v.34). Filipe usou as Escrituras hebraicas para mostrar que Jesus era Aquele de quem o profeta falava. A Palavra transformou o eunuco. Ele recebeu o Messias e foi imediatamente batizado.

A Nova Vida de Nina

Nina era uma mulher judia criada em um lar ortodoxo. Ela se aposentou nos anos 1960 e foi morar no lugar ao qual chamava de “a terra de Deus” – Atlantic City, no estado de Nova Jersey, EUA. Um dia, enquanto estava sentada em um banco junto à calçada, ela ganhou um Novo Testamento de uma transeunte. Daí em diante, todos os dias, Nina se sentava no banco na calçada em Atlantic City e lia alguns capítulos de seu novo livro. Quanto mais ela lia, mais convencida ficava de que estava lendo um livro judeu, como ela mesma dizia.
Logo Nina começou a observar pequenas mudanças em sua vida. Ela já não tinha um temperamento encrenqueiro, nem contava mais lorotas para suavizar situações sociais. Ela não estava se esforçando para produzir essas mudanças, mesmo assim, sabia que elas estavam acontecendo. Nina ficou confusa. Ela sabia que já não era mais a mesma.
Buscando pelas respostas, ela se aproximou de uma amiga cristã e pediu-lhe para ajudá-la a entender o que estava acontecendo. Ela ficou sabendo que ler a Palavra de Deus era o que estava transformando sua vida. Ela percebeu que a Bíblia não era como outros livros. Era poderosa, tão poderosa que convenceu Nina a confiar em Jesus. Foi assim que Nina começou sua nova vida.

Poder Para Perdoar

Corrie ten Boom e a casa da sua família em que esconderam judeus durante a segunda guerra mundial.
Corrie ten Boom foi criada na Holanda antes da Segunda Guerra Mundial. Ela e sua família liam regularmente a Palavra de Deus e eram crentes comprometidos com o Senhor Jesus. Embora os ten Booms fossem gentios, eles amavam o Povo Escolhido de Deus e pagaram o preço mais alto por sua fidelidade a esse povo. Como punição por esconderem judeus dos nazistas, eles foram enviados a campos de concentração. Corrie e sua irmã Betsie foram parar em Ravensbrück, onde Betsie morreu. Anos mais tarde, o poder transformador de Deus se manifestou de uma maneira maravilhosa. Corrie escreveu as seguintes palavras em seu livro The Hiding Place (O Refúgio Secreto):
Foi em um culto na igreja em Munique [em 1947] que eu o vi, o ex-soldado da SS, que tinha montado guarda à porta da sala do chuveiro no centro de processamento de Ravensbrück. Ele era o primeiro de nossos carcereiros que eu via desde aquele tempo. E subitamente tudo estava lá – uma sala cheia de homens escarnecedores, as pilhas de roupas, o rosto pálido de dor de Betsie. Ele veio até mim, uma vez que a igreja estava se esvaziando, sorridente e me saudando com uma inclinação da cabeça. “Quão grato estou por sua mensagem, Fräulein”, disse ele. “Pensar que, como você disse, Ele lavou meus pecados!”
Ele moveu a mão para a frente para me cumprimentar. E eu, que tantas vezes havia pregado às pessoas em Bloemendaal sobre a necessidade de perdoar, mantive minha mão ao meu lado.
Mesmo enquanto os pensamentos raivosos, vingativos, ferviam dentro de mim, eu vi os pecados desses pensamentos. Jesus Cristo havia morrido por esse homem; será que eu iria pedir mais? Senhor Jesus, orei, perdoe-me e me ajude a perdoá-lo.
Tentei sorrir, lutei para erguer minha mão. Não consegui. Eu não sentia nada, nem sequer a mínima faísca de calor humano ou de caridade. Então, novamente, fiz uma oração silenciosa. Jesus, não consigo perdoá-lo. Dê-me do teu perdão.
Quando lhe dei a mão, a coisa mais incrível aconteceu. Desde o meu ombro, ao longo do meu braço e através da minha mão, parecia que uma corrente elétrica passava de mim para ele, enquanto meu coração se enchia de amor por aquele estranho, tanto que quase me tirava o fôlego. Foi então que descobri que não é mais do nosso perdão nem da nossa bondade que depende a cura do mundo, mas do perdão e da bondade dEle. Quando Ele nos diz para amarmos nossos inimigos, Ele dá, juntamente com o mandamento, o próprio amor.[1]

De Terrorista a Sionista

Outro exemplo dramático de como a Palavra de Deus transforma vidas envolve Walid Shoebat, um palestino, nascido em Belém, que odiava os judeus desde o berço. Seu objetivo principal na vida era matar judeus e morrer como mártir por Alá.
Em meados dos anos 1970, ele se tornou ativo na Organização Para a Libertação da Palestina (OLP) e estava fazendo tudo que podia para ajudar a atingir seu objetivo na vida, inclusive realizando ataques terroristas em Israel.[2]
Walid Shoebat, de terrorista a sionista.
Walid mudou-se para os EUA para cursar uma faculdade, ao mesmo tempo em que levantava ajuda financeira para a OLP. Em 1993, ele se casou com uma cristã. “Eu queria convertê-la ao islamismo”, disse ele à BBC News. “Falei-lhe que os judeus haviam corrompido a Bíblia”. Ela pediu-lhe que provasse. Então, ele comprou uma Bíblia.
Durante seis meses estudou intensamente a Bíblia de capa a capa e descobriu a verdade. Renunciou ao terrorismo, arrependeu-se de seus pecados, deu sua vida a Jesus Cristo e tornou-se nova criatura – tudo porque leu a Palavra de Deus com um coração sincero que queria saber a verdade.
Hoje ele é um cristão sionista dedicado a expor as mentiras do islamismo e a apoiar e animar Israel e o povo judeu. Sua família muçulmana o deserdou. O pai dele disse que ele deveria ser morto. Em dado momento ele soube que a OLP estava planejando seu assassinato. Mas Shoebat é destemido e permanece conhecido por seu amor por Jesus e por um Israel judeu. Você pode visitar seu site: www.shoebat.com.
A Palavra de Deus é viva e eficaz. Ela discerne os pensamentos e as intenções do coração e transforma vidas por toda a eternidade. Tenho certeza disso porque o jovem judeu que experimentou aquela profunda paz 36 anos atrás lendo sua Bíblia era eu.
A Palavra de Deus – tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento – é a mais absoluta verdade. Se você quiser conhecer Deus pessoalmente e experimentar uma paz que transcende a todo entendimento, leia a Palavra de Deus e deixe que ela penetre em seu coração. Prometo que você não vai se arrepender. (Steve Herzig - Israel My Glory -http://www.chamada.com.br)
Steve Herzig é o diretor dos ministérios norte-americanos de The Friends of Israel.

Notas:

  1. Corrie ten Boom, The Hiding Place [O Refúgio Secreto] (Minneapolis, MN: World Wide Publications, 1971), 238.
  2. “From Terrorist to Zionist” [De Terrorista a Sionista] Israel My Glory 62, Nº 3 (maio/junho de 2004), p. 32-33.

Aleluia! A noiva está sendo preparada

Se agrupados, os motivos de preocupação e angústia com a Igreja nos dias atuais produziriam uma lista mais extensa que as 95 teses expostas por Lutero em 1517.

O constrangedor mercantilismo da fé; a frenética busca por pomposos títulos ministeriais; a manipulação da política eclesiástica para satisfações pessoais; o desinteresse pela missão e a intencional distorção dos textos bíblicos são apenas alguns -- entre muitos -- motivos de agonia ao olhar para a Igreja de hoje. É momento de quebrar o coração e buscar o Senhor para um sério compromisso de vida, renovo de alma e fidelidade no trato com as Escrituras.

Grandes motivos de celebração!
Há, porém, grandes motivos para celebração! Espantosamente, a Igreja tem crescido nos lugares mais improváveis -- como Índia, Etiópia, Filipinas, China e Nigéria1 -- e em todo canto há uma busca cada vez mais intensa pela Palavra de Deus. Milhares de anônimos levam diariamente a mensagem de Cristo para as ruas, escritórios, universidades, cidades e campos em todo o mundo. A Bíblia está traduzida, parcial ou totalmente, em mais de 2.500 línguas.2 O evangelho no Brasil tem sido anunciado, de forma crescente, entre os que pouco ouviram -- como indígenas, ribeirinhos, quilombolas, ciganos, sertanejos, imigrantes e surdos --, além de invadir as grandes e médias cidades. Em todo o mundo, mais de 120 milhões de cristãos vivem e perseveram em regiões hostis à sua fé.3 O impressionante milagre da conversão se dá em incontáveis vidas todos os dias. Em 1900 havia 100 milhões de protestantes no mundo e a projeção para 2050 é de quase 700 milhões. Louvado seja o Cordeiro, que tem preparado a sua noiva para o grande dia!

Em 2012, empreendi uma viagem de pesquisa missionária ao longo do rio Solimões a partir de Manaus, no Amazonas. Durante seis dias, subimos o rio até a fronteira com a Colômbia em uma época de grande alagamento. Nos primeiros três dias, não encontramos sequer uma comunidade, fosse de palafita ou construída em terra firme, que não estivesse embaixo d’água. As populações se refugiaram nas cidades maiores e algumas poucas famílias tentavam subsistir em suas próprias casas em meio ao alagado. Parando em diversas comunidades, encontramos lamento e choro, além de grande frustração. Haviam perdido suas casas, roças e animais -- e também a esperança.

No fim do segundo dia de viagem, avistamos uma casa sobre palafitas também coberta pela água até o meio das janelas. Três faces apareceram e, para a minha surpresa, estavam sorridentes. Parando a voadeira, equilibrei-me em algumas pranchas para entrar naquela casa. Em um canto da sala haviam construído um esteio de madeira que era elevado à medida que o rio subia. A família, formada por cinco pessoas, se apinhava naquele pequeno quadrado, onde também atavam suas redes e mantinham as panelas, além de um pequeno fogão e um saco de farinha. Expressei minha admiração por encontrá-los sorridentes, ao que rapidamente mencionaram ter encontrado Jesus no ano anterior -- e haviam concluído o momento devocional da família justamente quando chegávamos. O marido mencionou que estudavam naquela manhã sobre a bondade de Deus e estavam se lembrando dos muitos motivos de louvor, como a vida, a família e a salvação. A esposa completou: “E também o rio, que o Senhor segurou no limite”, não permitindo perderem a vida.
Saí daquela casa agradecendo a Deus pelo testemunho, pois nenhuma tragédia será maior do que a sua bondade em nossas vidas. E pela Igreja, que apesar das inundações e lutas, segue caminhando.

Nossa natureza é Cristo
Vemos no Novo Testamento que a Igreja foi um resultado direto da vida e dos ensinos de Jesus Cristo, portanto tem o seu DNA. Em Atos, lemos que a Igreja era koinônica (orientada pela comunhão dos santos), kerygmática (proclamadora do nome de Jesus), martírica (vivia segundo a sua fé), proséitica (cultivava a oração), escriturística (amava e seguia a Palavra de Deus), diácona (servia com amor aos necessitados), poimênica (pastoreava o povo) e litúrgica (cuja vida era a adoração ao Pai).4

Essa é a nossa identidade, quem somos em Cristo Jesus. E a nossa natureza. Apesar das provações, perseguições, escândalos e esfriamento, sempre seremos atraídos de volta às raízes, que a Palavra tão bem apresenta:5
A Igreja é um grupo de redimidos, originada por Deus e pertencente a Deus, portanto formada por uma multidão de servos e um só Senhor (
1Co 1.1-2).
A Igreja não é uma sociedade alienante. Os que foram redimidos por Cristo continuam sendo homens e mulheres, pais e filhos, fazendeiros e comerciantes chamados para viver o evangelho no mundo e não longe dele (
Mt 10).
A Igreja é uma comunidade sem fronteiras. Portanto, fatalmente missionária. É chamada a proclamar Jesus perto e longe -- e fazer discípulos (
Rm 15.18-19).
A Igreja é chamada para viver Cristo e não apenas compreendê-lo. Quando orientada pelas Escrituras e comprometida com Jesus, ela se torna um grande testemunho para o mundo (
Gl 2.20).

A Igreja é Igreja quando segue a Palavra. Perseverar na doutrina dos apóstolos implica compreensão e vida -- compreender a Palavra de Deus com fidelidade e aplicá-la em nossa vida diária (
At 2.42).

A Igreja tem como propósito maior glorificar a Deus. Este é o nosso chamado e para tanto é preciso nos desglorificarmos. Devemos lembrar-nos de que nossa primeira missão é morrer (
1Co 6.20; Rm 16.25-27).

Somos chamados para a perseverança
A Palavra de Deus exorta-nos a perseverar. Aos Efésios, Paulo afirma que devemos ser fortalecidos no Senhor (6.10) para não cair nas ciladas do diabo (v. 11), resistir no dia mau (v. 13) e proclamar o evangelho (v. 19). O termo “resistir” é tradução de uma palavra grega frequentemente usada para uma estaca bem fincada que, após os ventos e chuvas, permanece firme. Alguns anos atrás, rascunhei um exercício espiritual para sermos uma Igreja fortalecida, o qual partilho a seguir:

-- Preocupar-nos um pouco menos com as loucuras feitas em nome de Cristo e um pouco mais com o nosso próprio coração para que não venhamos a ser desqualificados.

-- Seguirmos os desejos do Senhor sabendo que, para isso, quase sempre estaremos na contramão do mundo.

-- Para cada palavra de crítica à Igreja -- autocrítica, se assim quiser -- termos uma palavra ou duas de encorajamento.

-- Ouvirmos com zelo e temor os profetas que nos denunciam o erro, bem como os pastores que nos encorajam a caminhar.

-- Buscarmos na Palavra de Deus o fortalecimento da fé e o alimento da alma.
-- Não perdermos de vista Jesus Cristo, Cordeiro vivo de Deus, para que a tristeza advinda das frustrações não nos impeça de experimentar a alegria do Senhor.

Somos chamados a seguir caminhando. Lutero lembra-nos de que “esta vida, portanto, não é justiça, mas crescimento em justiça. Não é saúde, mas cura. Não é ser, mas se tornar. Não é descansar, mas exercitar. Ainda não somos o que seremos, mas estamos crescendo nesta direção. O processo ainda não está terminado, mas vai prosseguindo. Não é o final, mas é a estrada. Todas as coisas ainda não brilham em glória, mas todas as coisas vão sendo purificadas”.6
Que o Altíssimo nos encoraje a perseverar até o fim, pois o que nos aguarda é puro esplendor! “Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou” (
Ap 19.7).

Aleluia!

Notas
1. JOHNSTONE, Patrick. “The future of the global church”. Reino Unido: Authentic Media Limited, 2011.
2. LEWIS, Paul (Ed). “Ethnologue: Languages of the World”. 16. ed. Dallas: SIL International, 2009.
3. Portas abertas. Consulta online: www.portasabertas.org.br
4. Referência aos termos “koinonia”, “kerygma”, “martyrion”, “proseuche”, “didache”, “diakonia”, “poimenia” e “ainoyntes” encontrados no livro de Atos descrevendo a vida da Igreja.
5. LIDÓRIO, Ronaldo. “Church Planting”. In: CORRIE, John. “Dictionary of Mission Theology”. Reino Unido: Inter-Varsity Press, 2007.
6. BOISVERT, Robin; MAHANEY, C. From “Glory to Glory: Biblical Hope for Lasting Change”. Anaheim: People of Destiny International, 1993. 

(Ronaldo Lidório http://www.ronaldo.lidorio.com.br)

A Igreja Emergente: a Laodicéia do Século 21?

A Igreja Emergente: a Laodicéia do Século 21?

“...haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3).

Parece que cada geração tem sua própria apostasia específica e, em alguns casos, até mesmo depois de um avivamento espiritual. A igreja do século 20 começou numa batalha pelos fundamentos da fé cristã. Durante aquele período, os evangélicos (i.e., cristãos da atualidade que crêem na Bíblia e que se constituem de fundamentalistas, separatistas e outros apaixonados amantes da Bíblia) experimentaram um crescimento sem precedentes. Mas então, muitos dos principais seminários começaram a se comprometer, fazendo concessões à filosofia pós-moderna do humanismo secular de nível superior. De 1920 a 1935, muitos líderes fundaram escolas cristãs, institutos bíblicos e seminários que geraram fiéis expositores da Bíblia e igrejas evangelizadoras que ganhavam almas para Cristo em todo o mundo. Infelizmente, vários jovens educadores ingressaram nas universidades seculares a fim de obter seu grau de PhD. Depois de se graduarem, tornaram-se professores de seminário no encargo de ensinar os candidatos ao ministério pastoral a pregarem as Escrituras, sendo que eles mesmos nunca tinham exercido o pastorado, nem haviam se dedicado à pregação. Uma das máximas essenciais do processo educacional é a de que “não se pode partilhar aquilo que não se possui”. O que se verifica com freqüência, nos dias atuais, é que pastores jovens se formam nos seminários, todavia conhecem muito pouco sobre a pregação expositiva, sobre as doutrinas fundamentais, sobre a evangelização e nem mesmo possuem as ferramentas necessárias para atuarem como pastores. Hoje em dia, é comum ver pastores, recém-formados num seminário, assumirem o ministério pastoral de uma igreja, sem nunca terem sido alunos de um professor de seminário que realmente tenha exercido o pastorado de uma igreja.

Além disso, a lavagem cerebral de nossos filhos feita dentro das escolas públicas pelos humanistas seculares, desde a pré-escola até o ensino superior (especialmente nos cursos de pós-graduação) tem produzido uma geração pós-moderna que é avessa aos absolutos morais, ao Evangelho que é o único caminho de salvação e à autoridade da Palavra de Deus. Muitos jovens que estudaram em faculdades cristãs já foram influenciados por essa moderna filosofia secular [N. do T.: Nos Estados Unidos há instituições de ensino fundamental, médio e superior que são mantidas por denominações e entidades evangélicas, cuja proposta de ensino e orientação educacional baseia-se em princípios bíblicos cristãos]. Até mesmo em algumas escolas cristãs de ensino fundamental e médio, é possível encontrar professores com formação acadêmica de orientação humanista, que propõem o ensino de uma filosofia secular dentro de um ambiente cristão. É espantoso verificar o grau de desconhecimento da Bíblia que a maioria dos calouros demonstra ao entrar numa faculdade cristã. O único antídoto para aqueles que sofreram essa lavagem cerebral humanista por muitos anos é uma genuína conversão a Cristo, acrescida de um tempo investido no estudo minucioso da Palavra de Deus.

Lavagem cerebral
A lavagem cerebral de nossos filhos feita dentro das escolas públicas pelos humanistas seculares, desde a pré-escola até o ensino superior (especialmente nos cursos de pós-graduação) tem produzido uma geração pós-moderna que é avessa aos absolutos morais, ao Evangelho que é o único caminho de salvação e à autoridade da Palavra de Deus.
A secularização da educação cristã fez com que muitos pastores jovens e sinceros se tornassem vulneráveis aos ensinos da igreja pós-moderna, ou como [seus membros] preferem se designar, “Igreja Emergente”. Esse movimento bebe da essência do antinomianismo, uma filosofia na qual os adeptos questionam mais a Bíblia e os fundamentos da fé do que o ensino e a influência anticristãs de sua formação educacional secular. Eles contam com o apoio de Hollywood, da mídia esquerdista e da música “heavy beat” que transmite mensagens antibíblicas num apelo às emoções, enquanto a mente é deixada de lado. Tal música pode, muitas vezes, apelar aos impulsos da carne e já invadiu as igrejas, onde muitos líderes eclesiásticos alegam que ela lhes presta um auxílio no processo de “crescimento da igreja”, tentando provar, com isso, que estão no “caminho certo”.

Entre os falsos ensinos que brotam da Igreja Emergente encontra-se uma forma não tão sutil de ataque à autoridade da Bíblia – um claro sinal de apostasia. Eles não mais afirmam: “Assim diz o Senhor” (apesar do uso dessa expressão por mais de duas mil vezes na Bíblia), por temerem que isso ofenda aquelas pessoas que apregoam a igualdade de todas as opiniões quanto ao seu valor. A Palavra de Deus não é mais interpretada por aquilo que realmente diz; em vez disso, é interpretada por aquilo que diz para você, desconsiderando, assim, o fato de que a formação educacional e a experiência de vida de uma pessoa podem influenciar a maneira pela qual ela interpreta as Escrituras, a ponto de levá-la irrefletidamente a um significado nunca planejado por Deus para aquele texto.

Alguns dão a entender que Jesus foi um “bom homem, até mesmo um bom exemplo, mas Deus?”. Disso eles não têm certeza. Outros relutam em chegar a tal ponto de questionamento, porque se Jesus não é Deus que “se fez carne”, então não temos um Salvador. Entretanto, há outros da Igreja Emergente que põem em dúvida o milagre da concepção virginal de Cristo, Sua morte substitutiva e expiatória, Sua ressurreição corporal e, obviamente, questionam mais de mil profecias bíblicas, tanto as que já se cumpriram, quanto as que ainda estão por se cumprir, as quais descrevem o maravilhoso plano de Deus para o nosso futuro eterno. Uma indicação da situação em que eles realmente se encontram é evidenciada pelas declarações de um dos seus principais líderes (que é chamado de evangélico), “apesar dele agrupar a série de livros Deixados Para Trás na mesma categoria de O Código DaVinci”.[1] Uma afirmação dessas, vinda de um dos líderes da Igreja Emergente, revela o grau de confusão ou de dolo a que eles de fato chegaram. Ou ele está confuso (iludido) quanto às mentiras gnósticas ocultistas que dominam o enredo de O Códico Da Vinci, ou rejeita, intencionalmente, a interpretação literal da Bíblia que é o fundamento da série Deixados Para Trás, baseada no livro de Apocalipse. Não temos nenhuma dúvida ao afirmar que os líderes da “Igreja Emergente” não crêem no arrebatamento pré-tribulacionista, porque não aceitam a divina inspiração e autoridade da Bíblia.

Os mestres pós-modernos que se denominam “evangélicos”, embora neguem a “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3), são bem rápidos em falar o que eles e outros filósofos heréticos pensam, porém, raramente dizem o que Deus deixou registrado por escrito em Sua biblioteca de sessenta e seis livros, a Bíblia. Eu, particularmente, creio que eles, na verdade, são hereges, apóstatas e lobos “disfarçados em ovelhas”. Devido ao fato do cristianismo liberal ter caído no vácuo do descrédito e das igrejas liberais terem ficado vazias, eles agora fazem uma tentativa de re-empacotar sua teologia sob a forma de pós-modernismo. Na realidade, a maior parte desses conceitos não passa daquilo que costumava ser chamado de modernismo ou liberalismo, ainda que expressos com uma terminologia pós-moderna.
Divina Inspiração
Os líderes da “Igreja Emergente” não crêem no arrebatamento pré-tribulacionista, porque não aceitam a divina inspiração e autoridade da Bíblia.
É difícil obter deles informações quanto ao que realmente crêem, mas eles sabem, muito bem, que não crêem nos fundamentos da fé bíblica. Já é hora de chamarmos a atenção das igrejas para o fato de que tais pessoas são hereges e falsos mestres que “não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça” (2 Tessalonicenses 2.12), tal como Judas escreveu nos versículos 17 e 18 de sua epístola: “Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões”.

A mensagem do Espírito Santo dirigida à igreja de Laodicéia se enquadra perfeitamente à realidade deles: “Ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus. Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres outro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3.14-22).

Minha expectativa de que a verdadeira igreja evangélica assumisse sua posição “em alto e bom som” contra essa nova forma pós-moderna de apostasia, concretizou-se, recentemente, num simpósio de nosso Pré-Trib Study Group [Grupo de Pesquisas Pré-Tribulacionistas], ocorrido no final de 2006. Foram proferidas várias palestras excelentes que expuseram os erros desse novo movimento. Quase que simultaneamente recebi um exemplar do periódico The Master’s Seminary Journal [Jornal do Seminário Master’s] que também desmascarava esse movimento através de artigos escritos pelo Dr. John MacArthur e pelo Dr. Richard Mayhue, dentre outros articulistas. Em seguida, chegaram informações de que o Dr. John MacArthur está escrevendo um livro sobre o assunto. Certamente será uma obra completa, de modo que nos ajudará a confrontar essa heresia moderna pelas Escrituras, tal como somos expressamente orientados a fazer nestes últimos dias (i.e., “[provar] os espíritos se procedem de Deus”, 1 João 4.1). Pastores inexperientes e mal alicerçados na Palavra de Deus estão sendo influenciados por essa forma atual de apostasia. Se tais pastores, porventura, comprarem essas idéias nitidamente heréticas, levarão suas igrejas ao desvio da verdade, através de falsos ensinamentos. Se líderes cristãos proeminentes e bem conhecidos não se opuserem abertamente a essa distorção apóstata, é muito provável que se cumpram, negativamente, as palavras desta profecia: “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lucas 18.8).

Ao procurar uma igreja para sua família, certifique-se de avaliá-la pela importância que dá à Palavra de Deus. Você se lembra daqueles judeus “de Beréia”? Eles pesquisavam diariamente nas Escrituras para saber se os ensinamentos de Paulo e Silas eram legítimos e coerentes: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (Atos 17.11). (Pre-Trib Perspectives - http://www.chamada.com.br)
Nota:

1. ‑Jan Markell, “Other Observations on the Condition of the Evangelical Movement”, publicado na revista Lamplighter Magazine, vol. XXVIII, edição jan/fev de 2007, p. 12.


Tim LaHaye escreveu mais de 40 livros e é co-autor dos best-sellers da série Deixados Para Trás. Ele também é um dos editores da Bíblia de Estudo Profética e um dos fundadores do Pre-Trib Research Center (Centro de Estudos Pré-Tribulacionais).

ESBOÇOS - Recrutas para o Rei Jesus - Spurgeon



Um Sermão pregado por
Charles Haddon Spurgeon
No Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres
Publicado quinta-feira, 12 de outubro de 1916.


“Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele. Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele foi feito chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens” 1 Samuel 22;1,2
 Davi, nas cavernas de Adulão é um tipo de nosso Senhor Jesus Cristo, que foi desprezado e menosprezado entre os filhos dos homens. Cristo é o ungido de Deus, porém os homens não percebem essa unção. Ele é perseguido por seu grande inimigo, o mundo, assim como Davi foi perseguido pro Saul, e agora prefere morar na caverna de Adulão a assentar-se em seu trono. Quando Davi experimentava sua desonra foi o momento preciso em que seus verdadeiros amigos ficaram em torno dele. Da mesma maneira, nesta hora quando o nome de Cristo é coberto de muita desonra e censura, é o momento preciso que os verdadeiros seguidores do Salvador se recolham em torno a Seu estandarte e defendam Sua causa. Unindo-se a Davi depois de que fora coroado rei, teria sido uma ação irrelevante; os filhos de Belial poderiam fazê-lo; porém aliar-se com Davi quando se viu obrigado a ocultar-se de seus cruéis inimigos nos refúgios do monte, comprovava que aqueles homens eram verdadeiros amigos e leais súditos de Davi.
 Bem-aventurados aqueles a quem lhes é concedido alistar-se sob o estandarte de Cristo nesse presente momento; bem-aventurados aqueles que não têm vergonha de confessá-Lo diante dos filhos dos homens e nem de tomar valorosamente Sua Cruz, e bem-aventurados aqueles que sofrem as perdas e perseguições que a Sua providência lhe agrade ordenar que enfrentem. Posto que essa noite eu não me proponho a falar-lhes sobre Davi, senão sobre o mais grandioso Filho de Davi, permitam-me pronunciar algumas palavras iniciais, dirigidas a:
 1QUEM JÁ SE ALISTOU NESSA TROPA BENDITA.
Entre aqueles membros da tropa de Davi, sobressaem os seus irmãos e os homens da casa de seu pai. Assim também, amados em Cristo, nós, os que temos sido chamados pela graça divina, somos considerados por Ele Seus irmãos e os homens da casa de Seu pai. Quando esteve aqui em baixo, olhando os discípulos ao seu redor, nosso bendito Senhor disse: “Aqui está minha mãe e meus irmãos. Porque todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe”. Tal a Sua condescendência, que não se envergonha de chamar-nos irmãos. Todos n quantos temos entregado nossos corações, todos quantos confiamos nele e lhe amamos, somos, real e verdadeiramente, Seus irmãos e os homens da casa de Seu Pai. Seu pai é nosso pai, Seu gozo é nosso gozo e Seu céu será nosso céu e breve.
Irmãos em Jesus Cristo, agora só lhes direi isso: ponhamos todo o empenho em confessar valorosamente nosso parentesco com Davi, nosso Senhor, e não nos envergonhemos nunca de defender a causa de Cristo. Há diferentes maneiras de fazer o papel de covardes; procuremos evitar todas elas. O ministro que tem suficiente valor quando prega diante da multidão, poderia sentir que seu lábio treme quando tem que falar a um indivíduo cara a cara. Oh, Deus, livra a Teus servos de essa forma de covardia! Também alguns entre vocês poderiam ser capazes de falar com uma ou duas pessoas, porém, talvez, se tivessem que se misturar com algum pequeno grupo promíscuo e tivessem que confessar sua lealdade a seu Senhor, permaneceriam calados e perderiam essa oportunidade por carecerem de valor. Deus livre também a Seus servos de essa outra forma de covardia. Em qualquer companhia, em qualquer ocasião e sob de qualquer circunstancias, sejam fiéis a seu Senhor. Não O neguem, antes o confessem abertamente diante dos filhos dos homens.
Quanto Ele merece ser reconhecido por nós, já que Ele se ocupou de nós e nos reconheceu quando éramos infinitamente indignos de que se fixar-se em nós! Oh, dez mil vergonhas deveriam cobrir nossos rostos ao pensar que, em qualquer momento, consideremos difícil reconhecer que ELE é nosso Deus e Senhor.
Orem pedindo força, meus irmãos; Eu estou certo de que isso nos faz falta. O valor parecia florescer naturalmente nos cristãos em tempos de perseguição; porém nesses dias brandos e sedosos de ressonante paz, vocês se misturam com a assim chamada sociedade que outorga tanta deferência à moda, e entram e saem de suas salas com tal presunção vã e conversam tão complacente com seus amigos, e são damas e cavalheiros tão bem educados em sua própria opinião, que frequentemente esquecem que são cristãos obrigados por honrar a guardar a fé e dar testemunho de Cristo.
Talvez seja mais fácil que os pobres confessem valorosamente o nome do Redentor, que as pessoas que desenvolvem em circunstância de maior prosperidade. Ai, ai! Se é que a boa fortuna põe em perigo sua fidelidade. Isto é perverso, na verdade. É lamentável ter que reprovar isto de um púlpito cristão. Deveria ser exatamente o contrário. Sua independência financeira não deveria escravizá-los. Deus livre àqueles que amam a Cristo, de qualquer coisa semelhante à timidez em conexão com o reino de Sua exaltada cabeça!
  Ao tempo que confessem valorosamente a Cristo, permitam-me exortá-los também aque se apartem do mundo e se unam a Cristo. Somos informados, quanto a Davi, que seus irmãos e os homens da casa de seu pai abandonaram o território de Saul e se foram à Adulão para estarem com os perseguidos. Façamos o mesmo.
  Ah, há uma conformidade demasiada com o mundo em torno de cada um de nós! Não vou tentar sinalar com o dedo a nenhum de meus irmãos, nem vou expor suas faltas, porém é necessário estar cego para não perceber que muitos cristãos fazem o mais que podem para serem tão mundanos como querem sê-lo, porém sendo consistentes com sua ideia de chegar ao céu ao final. Acaso não há muitas pessoas que em seu vestuário, no arranjo de suas casas e na condução de seus negócios, se conformam tão intimamente aos tempos e às modas, que se não foram conhecidos como cristãos por algumas outras evidências, jamais seriam classificados, por nenhum observador, como entre aqueles que estão ao lado do Senhor?
Não considero que seja possível que sejamos exageradamente desconformes com as máximas, os usos e as coisas vãs do presente século mal. Que significa este texto: “Saí de meio deles“? Acaso não bastava com isso? Não. “E apartai-vos“, não bastava com isso? Não: “e não toqueis no imundo”. A separação deve ser tão completa que tem que ocorrer um “Sair” e um “Cortar” de todo vínculo que mantenha alguma conexão com o mal, e devemos evitar a renovação de qualquer relação, incluindo a que for implicada pelo mais mínimo contato. Optem pela parte de Davi, vocês que amam a Davi. Renunciem a tudo por Davi, oh, vocês, homens cristãos! Se vocês amam a Jesus, devem saber que Ele vale dez mil mundos. Ele deve ser estimado mais que toda a pompa e alvoroço deste pobre mundo, ainda que seus encantos e seduções fossem multiplicados um milhão de vezes. Ele deve ser preferido infinitamente mais que a busca do sorriso dos grandes, ou do gozo do amor de seus amigos, ou da lisonja das boas opiniões de seus parentes. Portanto, lhes rogo que deixem tudo para seguir a Ele, e que abandonem todo o resto para agarrá-Lo, e somente a Ele.
Porém não estou me dirigindo, por acaso, à muitas pessoas que têm confessado a Cristo, que o confessam e que na verdade praticam mais ou menos cada dia de suas vidas uma abnegada desconformidade com o mundo? Oh, varões e irmãos, anelo que nosso sentido do dever se inflame até converter-se em um ardente entusiasmo! Não podemos fazer algo heróico ou enfrentarmos algo perigoso em sinal de nossa lealdade a Cristo? Meu coração se expande deveras por um forte desejo de ver neste lugar uma igreja que seja preeminente por sua consagração ao Capitão da nossa salvação. Acabo de orar pedindo isso. Se só déssemos algo de nossa vasta propriedade ou de nossa pouca ninharia, na medida em que todos nós devíamos dar, ou se só trabalhássemos para Cristo na medida em que Ele merece que o façamos, ou fizéssemos algo parecido a isso – se só vivêssemos para Cristo em qualquer medida em que a gratidão pudesse impulsionar-nos, que frente nós apresentaríamos e que poder exerceríamos!
Como uma grande igreja, como poderíamos influenciar esta grande cidade; que marca poderíamos deixar sobre nossa época! Porém, por que estou falando sobre toda a comunidade, quando eu mesmo, todavia, não tenho alcançado essa devoção pura? Ainda assim, Deus sabe que estou desejando seguir adiante. Pretendo esquecer o que há ficado para trás, entretanto meu esforço para avançar mais e seguir avançando.
 Irmãos, vocês recordam a história daqueles três valentes que, quando Davi suspirava por um gole de água do poço de Belém. Arriscaram suas vidas para consegui-lo. Acaso não há homens fortes aqui – homens de fé, homens de valor – que se atrevam a realizar proezas para meu Senhor? Ele clama pela conversão das almas; Nenhum de vocês se consagrará para essa obra? Acaso nenhum de vocês abrirá caminho através dos convencionalismos da sociedade em pós dos buscadores? Ele disse: “Dá-me de beber”, tal como lhe disse a mulher junto ao poço de Samaria, e Sua fé é saciada quando vê comprida a vontade de Seu pai. Acaso não há aqui homens fortes, valorosos e generosos que preguem a Cristo ai onde Ele nunca foi pregado antes? Houve outros homens entre os seguidores de Davi que realizaram façanhas como essas; um deles matou um leão em meio de um fosso, quando estava nevando, enquanto que de outro somos informados que matou a muitos filisteus e que o Senhor realizou uma grande vitória. E não poderíamos fazer algo que exceda e supere o serviço ordinário do Cristianismo Moderno? Me vergonha o cristianismo moderno. Seu ouro está virando opaco; seu ouro mais fino está mudando; sua glória tem partido.
Os primeiros cristãos estavam cheios de um entusiasmo que não poderiam tolerar a grande indiferença destes tempos. Eram tão devotos, tão intensos, tão apaixonados e tão cheios de um divino ardor pela extensão do reino do Redentor, que fizeram que sua influência fosse sentida onde quer que morassem, ou inclusive aonde estivessem em uma breve hospedagem. Que Deus nos envie agora algo desse sagrado zelo! Necessitamos mais do entusiasmo que ardia nos corações de Wesley e de Whitefield. Onde buscaremos agora o refulgente ardor e os incansáveis labores do Apóstolo Paulo? Onde estão agora os discípulos que imitam o zelo do bendito Senhor, cuja carne e cuja bebida era fazer a vontade daquele que o enviou? Que esse zelo seja dado a todos nós! Que Deus nos envie, que o envie agora, que nos envie aqui, que envie a mim, que envie a vocês, meus irmãos, e que Ele os enviem desde agora e ao longo de toda sua vida.
Não creio que precise dizer mais, a menos que seja para implorar-lhes que mantenham seu valor sabendo que estão envolvidos na causa de Cristo. Há uma grande luta que está acontecendo em nosso redor. A nação inteira se vê convulsionada de tempo em tempo por sérias perguntas nas quais estão grandemente envolvida a honra do Senhor Jesus Cristo. Que todos aqueles que O amam prossigam com resoluta integridade. Conveniência é a perversa palavra que descreve à moral elástica da época, porém, justiça é o principio eterno e sem desvios pelo o que o universo é governado. O reino de Cristo não é deste mundo. Deve a nós corresponder ajudar aos oprimidos, socorrer aos fracos e dá liberdade de consciência a todos os homens. Que Deus defenda o bem. Ele o defenderá. Se nossos nomes são suprimidos como malvados, se somos mal entendidos e mal interpretados, caluniados e difamados, que assim seja; não estamos surpresos nem nos sentimos desfalecidos. O bem deve ser mantido sempre, apesar da calúnia e do abuso. Porém, em nome de Deus, não sejamos medrosos nem covardes. Cumpramos sempre com nosso dever viril e legalmente. Mantenhamos nossa profissão alegremente. Estejamos de acordo com confiança e firmeza ao reino de nosso Senhor Jesus Cristo. A estrela de Davi está em ascensão e a casa de Saul se enfraquece mais e mais. Havendo-me dirigido assim aos soldados, passo agora, durante breves minutos a:
II. ATUAR COMO UM SAGERNTO RECRUTADOR
Além dos seus próprios parentes, havia outras pessoas que uniram a Davi. Agora, por que se uniram? Poderiam responder que por uma razão muito semelhante à que moveu muito de nós. Era porque tinham necessidade dele. Eles poderiam ter socorrido Davi porque seu caráter era muito bom e sua conduta muito reta. Poderiam ter o ajudado porque sua disposição era muito amável e benevolente. Eles poderiam ter se juntado sob seu estandarte porque era o ungido do Senhor. Eles ter unido sua sorte com Davi porque havia uma profecia e uma promessa de seu triunfo e de seu reino sobre a nação. Porém eles foram, realmente, influenciados por outros motivos. Vieram a Davi por três razões: Porque estavam afligidos, porque estavam endividados e porque se achavam em amargura de espírito. Eles buscaram refugio e socorro devido a um espantoso desânimo.
 Agora, talvez, haveria sido bom que eu lhes tivesse falado sobre o doce caráter do Senhor Jesus, porém, ainda que fizesse isso, vocês não viriam a Ele. Teria sido bom que lhes comentasse sobre as proezas do meu Senhor, e como venceu a Golias, e matou os inimigos que nos tiranizavam. Teria sido bom que lhes dissesse que Ele é o Salvador designado por Deus, que está destinado a reinar como Rei, e que quem lhe confessa agora será exaltado com Ele quando venha em Seu reino. Atrativo como poderia ser para algumas mentes, a atração principal é sempre que Ele é idôneo para vocês em suas presentes necessidades, nesses dilemas que agora pesam terrivelmente sobre suas almas. Então, me proponho dirigir-me aos três tipos de pessoas que são mais propensas a vir a Jesus, esperando que se aproveitem dessa hora propícia, e que se alistem sob Seu estandarte imediatamente, sem atraso nem dúvida.
  O primeiro tipo de pessoas que vieram a Davi foram o dos afligidos. Essas pessoas eram de “escassos recursos” como dizemos. Haviam gastado suas riquezas. Estavam em bancarrota. Tanto seus recursos como suas esperanças haviam se esgotado; portanto, vieram a Davi. Pareciam dizer: “Nosso caso é tão grave que não poderia ser pior; é melhor irmos à Davi”. O caso deles era como o de vocês, muito bem descrito em nosso hino:
“Poderia perecer se vou
 Porém estou resolvido a provar,
 Pois se permaneço longe, eu sei
 Que hei de morrer para sempre”
Eu sei que se encontram aqui algumas pessoas aflitas. Venho para recrutá-las para o andrajoso regimento do meu Senhor. É só assim que a esperança se dissipará, e só assim reviverá a esperança, pois sendo recrutados por Ele, podem recuperar o valor, embora pelejam Suas batalhas e recebam Sua benção.
 Vocês estão aflitos porque sentem que não têm nenhum mérito próprio. Esse sentimento é muito justo, pois não tem nenhum; nunca tiveram mérito algum e nunca terão nenhum. Em um tempo pensaram que eram tão bons com os demais, ou talvez pensaram mesmo ser melhores. Esse pensamento vão desapareceu agora. Suas boas obras, seus méritos, seus melhores empenhos, suas seletas orações, tudo isso se dissolve e já não se gloriam em nada. Venham a Cristo, então. Ele tem méritos para quem não tem nenhum. Sua causa é boa, ainda que a de vocês seja má. Vocês são o tipo exato de gente que Ele veio resgatar, a gente pela qual Ele morreu. Ele veio, não a chamar os justos, senão aos pecadores ao arrependimento. Na medida em que sejam evidentemente pecadores, venham; venham ao Salvador dos pecadores; coloquem sua confiança Nele, e vivam.
 Outros estão aflitos porque sentem que não possuem nenhum poder. Vocês dizem que não podem crer, que não podem se arrepender, de fato, dizem que não podem fazer nada que quiseram fazer. Entre mais o intentam, mais descobrem que são desprovidos de poder. Gostariam de orar, porém não pode fazê-lo; se sentem tão mortos, tão frios. Se tentam se mover, tudo parece acabar em uma decepção.
Bem, meus queridos ouvintes, Jesus Cristo morreu por aqueles que não tiveram nenhuma força, pois assim está escrito: “Porque Cristo, quando ainda éramos débeis, há seu tempo morreu pelos ímpios“. Oh, vocês, que não têm nenhum poder, tenham animo, porque Cristo é o poder de Deus! Há suficiente capacidade Nele para compensar toda a impotência de vocês. Venham, e se apóiem com toda sua atenuada debilidade sobre Seu irresistível poder e assim terão uma ministração para fornecer completamente tudo o que suas almas necessitam.
 Porém eu sei que há algumas pessoas presentes que estão afligidas porque, além de não terem nenhum mérito e nenhum poder, por não terem nenhuma sensibilidade. “Eu não sinto minha necessidade como deveria senti-la“. Disse outro. Oh, amado, Jesus Cristo veio para ressuscitar os mortos! Ele veio para dar sensibilidade a quem são inveterados e negligentes, e veio para converter os corações de pedra em corações de carne. Eu creio que aquelas pessoas que pensam que não sentem suas necessidades, são aquelas que realmente sentem mais sua necessidade. Não há um sentido de necessidade tão grande como quando um homem sente que não sente, e pensam que não percebe a profundidade de sua própria necessidade, pois então ele está evidentemente vivo quando a sua verdadeira condição. É possível que já existe dentro de vocês uma maior obra do Espírito Santo que em outras pessoas, cujo sentido de necessidade de amostra mais vividamente, ainda que se comprova ser menos duradouro. Não é depreciável essa profunda e terrível solicitação que os fazem temer porque não sentem, e que os fazem gemer porque não podem se afligir, pois, frequentemente, é uma experiência associada com as operações da graça do Espírito de Deus.
Se for assim em seu caso ou não, não dêem lugar ao desencorajamento, antes bem, creiam que Cristo pode salvá-los, pois Ele é capaz de fazê-lo e está disposto a fazê-lo. Se não podem vir com um coração quebrantado, venham por um coração quebrantado. Se não podem vir a Ele arrependidos, venha a Ele para receber o arrependimento, pois Ele é exaltado no alto para dar o arrependimento, assim como a remissão de pecados. Ele não exige nenhuma preparação da parte de vocês. Ele mesmo prepara toda a preparação requerida, que é a obra de seu Espírito em suas almas. Venham, então, vocês, que estão afligidos e desconfiados, vocês, que não têm nenhuma coisa boa que lhes recomende como criaturas, nem nenhum desejo bom que os façam menos pecadores; venham vocês, que são tão conscientemente maus que não se poderiam encontrar uma boa apologia para vocês, inclusive nem em sua própria estima, ainda se fossem torturados uma e outra vez. Venham a Jesus, tal como estão, todos os perdidos, arruinados, fracassados e golpeados pela pobreza; venham e confiem em meu Senhor, o Filho de Davi. A maneira de ser alistado no serviço de sua majestade, vocês o sabem, é “tomar o Xelim”[1]. A maneira de alistar-se no serviço de Cristo é simplesmente confiar nele. Não necessitas trazer nada nem pegar nada, senão simplesmente confiar Nele, e você se converterá em um soldado da Cruz.
As seguintes pessoas que vieram a Davi mencionadas no texto eram todas aquelas que estavam endividadas. Sinto-me constrangido a perdi-lhes aos que estão endividados que venham a Jesus. O homem que está muito endividado, diz: “tenho que pagar com minha vida; pequei, e Deus tem dito que o pecador tem que morrer. Entretanto, não posso permitir-me perder a vida. Como poderia atrever-me a morrer? Não tenho nenhuma esperança, nenhuma confiança com a qual atravessar as portas de ferro da morte; e logo, depois da morte, está o terror do juízo para minha alma, posto que tenho quebrantado a lei de Deus; e a lei me condena e exige meu exílio de Sua presença e minha destruição final. Que farei? Não posso pagar a dívida, e é terrível para mim o pensamento de ser jogado em uma prisão para sempre. Como, como, oh, digam-me como posso escapar?!
Ah bem! Eu estaria feliz, na verdade, se houvesse algumas pessoas aqui que reconhecessem, desta maneira, suas dívidas e sua incapacidade de pagá-las. Feliz o pregador que tenha que dirigir-se a uma audiência desperta desta maneira. Felizes os ouvintes que se sente comovidos por tais ansiedades esperançosas! Bem-aventurado seria em verdade nosso trabalho se sempre tivéssemos diante de nós aqueles que conhecem a dúvida do pecado, que sente sua aflição e demérito, e teme sua irremediável condenação. Aceitem o conselho, então; qualquer que seja sua dívida, seja grande ou pequena, venham e confiem em Jesus, e serão aliviados de sua responsabilidade. Venham e confiem Nele, que sofreu no lugar do pecador, e que foi castigado pelos ímpios, levando suas iniquidade em Seu próprio corpo no madeiro. Uma olhada para Ele, um olhar de fé, lhes revelara a transferência de toda dívida e de todo pecado de vocês para Ele. Vocês verão como os lança no Mar Vermelho de Seu sangue expiador, onde, ainda que fossem buscados, não serão encontrados nunca mais. Sinto-me constrangido a recrutar-te, pobre devedor, e vou tira-te da prisão do devedor para conduzir-lhe à mesa de meu Senhor. Os devedores em bancarrota constituem bons soldados para o rei; venham, então, sem maiores problemas, e alistem-se no exercito do Rei.
 Outra categoria de homens que vieram a Davi foi a daqueles que se acharam em amargura do Espírito. Existem essas pessoas, e não temos que ir longe para encontrá-las. Por lá está alguém a quem gostaria de falar agora: Há muito pouco tempo tu eras um jovem feliz. Podias manter todo o tipo de orgias, e tinhas pouca cautela contra o pecado, pois desfrutavas todos os teus pecados. Agora você não pode fazer isso. Não entendes a razão dele, porém o agudo fio de seu apetite parecia haver-se enfraquecido e seu gosto pela dissipação tem se dissipado. Aqueles companheiros que uma vez foram personagens especialmente joviais, hão cessado de alegrar-te com sua prática; agora já não desfruta da sua conversação incoerente, pois lhe parece muito  insípida, e rançoso e néscia. Já não pode riste de suas brincadeiras obscenas, nem beber a grandes goles da taça borbulhante, como costumava fazer antes. Tem estado atrás do cenário deste pobre mundo, e sentido lástima das pálidas bochechas que estão pintadas com o matriz de uma florescente juventude. Tem ouvido os pesados suspiros de quem lançam as joviais gargalhadas, e sido testemunha de tanto desfazer dissoluto que está cheio de um triste desgosto. Você tem visto o suficiente passa saber como haverá de acabar. Não é uma surpresa que esteja descontente. Você é homem que necessito, seu ouvido é o que quero interessar, seu coração é o que desejo alcançar. É algo bem-aventurado quando um homem se torna descontente com esse mundo vão, pois então, talvez, busque outro mundo, uma esfera mais brilhante e melhor. Quando está enfadado de si mesmo de seus néscios companheiros, então, tal vez, faça amizade com o exilado, porém ungido homem de Belém, e encontre Nele um amigo, um conselheiro que será seu ajudador que lhe fale amavelmente, que lhe aconselhe sabiamente e que guie-lhe triunfantemente, até chamá-lo a participa no reino de Sua glória.
Vocês estão descontentes de vocês mesmos. Suas próprias reflexões os repreendem amargamente. Quando se sentam para pensar um pouco – um hábito que, talvez, adotaram só recentemente – descobrem que as coisas estão fora de seu lugar. Não podem sentir-se satisfeitos. Estranhos esforços e múltiplas suspeitas os deixam perplexos, e não obtêm nenhuma paz. Por minha parte eu estou agradecido, mil vezes agradecido, porque vocês estão sendo conduzidos a estarem tão incomodados quando havia tantas causas para o desassossego. Agora há alguma esperança de que confiem seu futuro e seu destino ao Filho de Davi. Que alcancem os oferecimentos de Sua graça e que sejam salvos por Ele.
 Lembro-me de um velho marinheiro que, depois de haver sido um bêbado e um blasfemo e todo o que era mal, durante quase sessenta anos, ouviu um sermão evangélico que tocou seu coração, e quando passou à frente para fazer uma profissão de sua fé em Cristo, disse: “Tenho navegado durante sessenta anos para um empresário muito perverso, e debaixo de uma bandeira muito malvada, porém agora tenho levado ao convés uma nova carga, e me dirijo para um porto muito diferente, debaixo de um estandarte muito diferente” Confio que assim suceda rapidamente a alguns de vocês, a saber, que mudem sua carga, que mudem sua bandeira e mudem tudo.
 Depois de pregar um dia na Capela Wesleyana de Boulogne, faz algum tempo, uma pessoa me reconheceu, e comentava como havia encontrado a Cristo como resultado da leitura dos sermões e, naquele momento, um velho marinheiro aproximou-se e me disse: “Me reconhece? Meu nome foi uma vez ‘satanás’; eu o recordo bem de você. Agora, ‘satanás’ assistiu aqui um domingo pela manhã, e merecia justificadamente seu nome, pois era tão parecido com ‘Satanás’ como podia ser um homem.” Havia-se sentado alí, e depois do sermão, o Senhor tocou ao velho ‘Satanás’ e lhe deu outro nome. Aquele homem veio a Cristo porque estava descontente consigo mesmo, e então se entregou a Jesus, e foi salvo por Ele.
Acaso não há aqui nenhum velho marinheiro que faça isso agora? Não poderia ter algum marinheiro, algum soldado, algum forasteiro em algum lugar aqui, que diga essa noite: “Vou me aproximar do Rei, e vou pedir-lhe que me aceite, inclusive a mim?”. Se não lhe aceitasse, por favor, faça-nos saber, porém todavia não encontramos nunca um caso em que Jesus rejeita um pobre pecado que veio à Ele. Ele disse: “Ao que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.” Se lhe deixasse fora, seria algo novo que ocorreria debaixo do céu. Porém Ele não pode fazê-lo. Ainda que você estivesse negro por ter manchado-se pelo pecado, porém, se você viesse à Ele, você seria conduzido ao peito do salvador, seria lavado na fonte repleta de sangre, seria lançado à uma nova corrida, e seria ajudado a servi-Lhe todos os seus dias.
Porém tenho que chegar a uma conclusão. Até aqui tenho me dirigido ao povo do Senhor; tenho estado insistindo para conseguir recrutas para o Rei Jesus, e agora quero:
III. Dizer aos recrutas algo SOBRE O SERVIÇO, e logo concluirei. Lembrem das últimas palavras do texto: “E foi feito chefe deles”. Quem quer, então, que venha a Cristo, tem que submeter-se às regras de Cristo. Quais são? Uma das primeiras regras é: “Você não deve ser absolutamente nada, e o Rei Jesus deve ser tudo” Você se submeteria a isso: que não tenha honra, que não assuma nenhum crédito, que nunca se apoiará em sua própria força ou sabedoria, senão que tomará Jesus para que seja feito por Deus sabedoria, justiça, santificação e redenção? Espero que não dê coices contra isso.
 Outra das regras de nosso Senhor em Seu reino é que: Se o ama, deves guardar Seus mandamentos. Depois de confiar Nele, tem de obedecê-lo. Um dos mandamentos é, que deve ser batizado. Não tropece nisso! Eu penso que se existe algo claro nas Escrituras, só posso falar por mim mesmo, pois não posso falar por mais ninguém, é que todo crente deve ser submergido em água como uma confissão de sua fé. Penso que é a mesma dúvida que a deidade de Cristo tenha sido declarada, como duvidar que o batismo do crente seja obrigatório, pois o primeiro me parece que é revelado tão claramente nas Escrituras, como o segundo. Rogo-lhe, irmão, que não desobedeça aos mandamentos do Senhor, antes bem, que recorde o Evangelho que pregamos: “o que crê é for batizado, será salvo“. Apegue-se aos dois pontos, e reivindiquem a promessa.
Em seguida virá a Mesa do Senhor, da qual, se vocês se unem a Cristo, têm o direito de participar. Não o esqueçam. Docemente lhes lembrará de tudo o que seu Salvador tem feito e sofrido por vocês. Não é nada mais que um lembrete; porém cuidem-se de não negligenciar um memorial tão bendito. Todos os preceitos e estatutos do nosso Senhor Jesus Cristo têm de ser obedecidos de coração. Ainda que Cristo abra um hospital para todos os enfermos, Ele não tem a intenção de que vocês sejam sempre uns desabilitados, senão que Seu propósito é sará-los, e depois disso, é ensinar-lhes como caminhar. Ele funda o Seu reino como Rômulo fundou Roma. Ele recebe a todos os vagabundos da vizinhança, porém então os converte em homens novos. Da mesma maneira, aqueles que são recolhidos entre os marginais, deverão ser convertidos em pessoas fiéis em Cristo Jesus.
Bêbado, tem que acabar com suas taças. Blasfemo, sua boca deve ser limpa; não deve expressar mais seus sujos juramentos. Vocês que têm se entregado aos prazeres carnais, devem ser expurgados de todas suas impurezas. Vocês, que têm sido frívolos e joviais, devem renunciar a essas coisas vãs e perseguir os interesses eternos, solenes e essenciais. Vocês, que antes tinham corações duros, precisam pedir ao Mestre que os faça brandos, e qualquer coisa que Ele lhes diga, têm que fazê-la.
 Agora, meu jovem recruta, que dizes disso? Vocês, que querem levar o nome de Cristo e chegar ao céu, estão dispostos a vir a Ele e se entregarem a Ele, abandonando a partir de agora todos seus pecados? Aquele que não renuncia a seus pecados comete um grave erro se pensar escapar da irar de Deus, ou se espera encontra graça a Seus olhos.
  Oh, você não quer renunciar a teus pecados? São víboras; unicamente envenenaram Sua alma; destruirão-lhe. Oh, homem, renuncie a Eles! Renuncie a eles, pois de que te serviria conservá-los, se perdesse sua própria alma? Vem a Jesus primeiro. Confia em Seu mérito; Apóie-se em Seu sangre precioso e logo, com Sua ajuda, renuncie a todo caminho mau, e busca obedecer-lhe, que têm lhe redimido com Seu sangue. Assim, a benção do Senhor estará contigo para sempre. Amém.
ORE PARA QUE O ESPIRITO SANTO USE ESSE SERMÃO PARA EDIFICAÇÃO DE MUITOS E SALVAÇÃO DE PECADORES.

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